Francisco Calheiros desafia Portugal e Espanha a aliarem-se nos mercados extra europeus

Numa intervenção, na abertura do 49º Congresso da APAVT que decorre em Huelva, o presidente da CTP reiterou a necessidade de um aeroporto intercalar no Montijo, e considerou que Portugal e Espanha devem ser aliados na promoção turística junto dos mercados de fora da Europa.
O presidente da Confederação do Turismo de Portugal considerou, na abertura do congresso da APAVT, que a Península ibérica é “o maior destino turístico do mundo” e que só teria a ganhar e fosse feita uma maior aposta na promoção conjunta de ambos os destinos junto de mercados extraeuropeus como os Estados Unidos ou a China.
“Se reunirmos Portugal e Espanha provavelmente temos o maior destino do mundo”, afirmou, para desafiar as autoridades de ambos os países presentes na plateia: “Se na Europa nós somos concorrentes, porque estamos a disputar os clientes ingleses, os clientes alemães, já não acontece quando saímos da Europa. Quando estamos a disputar o mercado americano, o mercado chinês, nós temos de ser aliados”, afirmou.
“O desafio é que temos de ser mais cooperantes”, defendeu, considerando que Portugal e Espanha teriam muito a ganhar em aliar-se para fazerem promoção conjunta nesses mercados.
Tema caro ao presidente da CTP, que um dia disse que dele falaria até que a voz lhe doesse, é o novo aeroporto de Lisboa. Agora que a decisão sobre a localização da nova infraestrutura está decidida, Alcochete, Francisco Calheiros foca-se nos prazos, demasiado longínquos. Por isso, na abertura do congresso, voltou a afirmar a necessidade de um aeroporto intercalar, no Montijo: “É urgente termos uma alternativa. Temos que forçar a situação para podermos ter Montijo daqui a 2 ou 3 anos”, sustentou.
Fez ainda uma referência aos resultados do ano turístico que são conhecidos até agosto e que mostram que, após os recordes de 2023, o setor continua em alta, com aumentos de 4% no número de dormidas, mas, “mais importante do que isso, a receita sobe mais 10%”. Números que mostraram também, acentuou, que os portugueses não desistiram do Algarve nem de Portugal: “Os portugueses subiram em Portugal, subiram no Algarve” e são “o maior mercado que nós temos”, afirmou.