Fórum Turismo Palmela: 200 participantes refletiram sobre enoturismo e desenvolvimento do território
O Fórum Turismo Palmela 2023 reuniu, nos dias 9 e 10 de novembro, no Cine-Teatro S. João (Palmela) e em Fernando Pó, cerca de duas centenas de agentes do setor para partilharem experiências e refletirem sobre “A Importância do Enoturismo no Desenvolvimento dos Territórios Vinhateiros”.
Na sessão de abertura, o presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Balseiro Amaro, afirmou não ter dúvidas de que “o enoturismo é um pivô determinante” da oferta turística do concelho e deste crescimento. “Palmela não precisou de inventar. A sua vocação secular enquanto “Terra Mãe de Vinhos”, com dezenas de casas agrícolas de forte tradição, um património histórico e natural riquíssimo e muitos produtos complementares, apontou o caminho que temos vindo a construir, com um vasto número de parceiros e uma oferta cada vez mais interessante, sólida e diferenciadora”, destacou.
O autarca considerou ainda que “o enoturismo é um poderoso motor de desenvolvimento económico, com particular expressão e pertinência nos territórios vinhateiros e na sustentabilidade do mundo rural” e acredita que, com os recursos “riquíssimos» que já existem, «os principais desafios residem, desde logo, na criatividade e na disponibilidade para estabelecer novas sinergias”
O trabalho do município é, aliás, reconhecido a nível nacional, tanto assim que Telma Gonçalves, representante do Turismo de Portugal, elogiou Palmela como um “excelente exemplo do contributo do enoturismo para o desenvolvimento do território no seu todo”, concordando ser fundamental trabalhar esta área “com uma estratégia comum e uma visão integrada”.
Também Carla Salsinha, presidente da Entidade Regional de Turismo Região de Lisboa, vê o enoturismo como “um dos produtos com enorme potencial na região, que fará cada vez mais colocar Palmela no circuito turístico e no qual a ERTRL tem feito uma aposta”. “Os números demonstram o caminho de excelência que Palmela está a fazer, em conjunto com as empresas e todos os agentes”, reconheceu.
Refira-se, a propósito, que os últimos dados divulgados pela Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa (ERTRL), referentes a 2022, revelam que Palmela foi o concelho que mais cresceu, em termos percentuais, quase duplicando entre 2021 e 2022 o número de dormidas, que cresceu para 81.257.
Enoturismo: um produto turístico com importância crescente
Durante o Fórum, o vereador do Turismo de Palmela, Luís Miguel Calha, explicou que o município tem vindo a trabalhar na construção de “um destino turístico que aposta na criação de novos produtos turísticos, na inovação e na internacionalização, mas um destino que seja sustentável, sempre em evolução, com os olhos postos no futuro” e “de forma muito estreita e próxima com os agentes locais”.
Nesta âmbito, adiantou que a autarquia irá em breve apresentar publicamente uma “oferta de experiências turísticas que podem ser vividas neste território, único e singular, e que serão promovidas pelos principais operadores turísticos” e apontou o enoturismo com um dos cinco produtos turísticos do concelho, a par do Turismo Cultural, Religioso, de Natureza e do Golfe.
Contando já com um calendário anual de grandes eventos enoturísticos, Palmela criou recentemente o Percurso Pedestre “Jardins de Vinhas”, o primeiro de cariz ecoturístico da Península de Setúbal, “que tem vindo a afirmar-se e tem uma margem crescente de evolução” referiu Luís Miguel Calha.
De referir que este ano, o programa do Fórum contou com um segundo dia, especialmente dedicado à (re)descoberta do Percurso Pedestre “Jardins de Vinhas” e das adegas de Fernando Pó.
O Fórum Turismo foi organizado pelo Município, com os apoios da Ametur, AMPV – Associação de Municípios Portugueses do Vinho, Recevin, CVRPS, ERTRL e Rota de Vinhos da Península de Setúbal.
