Fórum IPDAL: Gonçalo Rebelo de Almeida deixou a ‘porta aberta’ a novos investimentos na América Latina

No XIV Fórum do Turismo “Portugal – América Latina”, que teve Cuba como país convidado, o administrador da Vila Galé, Gonçalo Rebelo de Almeida, falou do hotel que o Grupo vai abrir no próximo dia 21 em Cayo Paredón, em Cuba e abriu a porta à possibilidade de novos investimentos naquela região.
“Em Cuba vamos abrir no próximo dia 21, em Cayo Paredón, a nossa 42ª unidade”, começou por dizer Gonçalo Rebelo de Almeida, considerando que “a América Latina sempre esteve no ADN da nossa organização desde que saímos de Portugal para ter a nossa primeira unidade que como sabem foi no Brasil”.
A Cuba, confessou, o Grupo Vila Galé tinha “vontade de chegar desde 2015/2016” mas a oportunidade ainda não tinha surgido até porque, sendo certo que “o desafio de chegarmos a outros países é real” tanto Portugal como o Brasil, onde até agora o Grupo tinha centrado as suas operações, “têm tantas oportunidades para oferecer que é difícil chegar a outros mercados, mas acontece”, tal como aconteceu agora a chegada a Cuba, um destino pelo qual o Grupo também se apaixonou.
O processo, que tinha ficado em standby, foi recomeçado pelo Grupo Vila Galé com o incentivo da Embaixadora de Cuba em Portugal, contou Gonçalo Rebelo de Almeida, para quem “Cuba é um país que não oferece apenas sol e praia é muito mais do que isso. É um país onde quem o visita tem turismo de natureza, tem património, história, cultura, música, dança, é um território que tem uma diversidade de oferta que torna o destino muito interessante”.
O Vila Galé Cayo Paredón é um “hotel tudo incluído, inserido num grande resort com uma praia fantástica, vai ter cinco restaurante e quatro bares”, explicou Gonçalo Rebelo de Almeida que classificou este investimento como “um desafio que acreditamos vamos superar” e uma unidade que vai “dinamizar Cuba enquanto destino turístico, alargar a oferta principalmente a Portugal e ao Brasil como mercados emissores de turistas, aproveitar a força da marca Vila Galé em alguns mercados europeus e, obviamente, desenvolver mais mercados que já são fortes para Cuba, como é o caso do mercado canadiano”.
À semelhança de todos os projetos do Grupo Vila Galé, o resort de Cayo Paredón “vai promover a animação, a cultura e a gastronomia cubana, mas o Grupo leva sempre consigo um pouco da sua portugalidade”. Por isso, acrescentou o administrador da Vila Galé, “o hotel vai contar um restaurante de especialidades gastronómicas portuguesas e, porque também já nos consideramos um pouco brasileiros, teremos também alguns componentes brasileiros na oferta, fazendo um misto destas culturas que vão enriquecer a estada de quem nos visitar”.
Em 2023 o Grupo Vila Galé bateu o recorde de aberturas de hotéis num só ano
Com 31 hotéis em Portugal e 10 no Brasil, o Grupo abriu este ano quatro hotéis em Portugal, com a unidade de Cuba a ser a quinta abertura de 2023: “Batemos o nosso recorde de inaugurações”, afirmou, sublinhando que abrir um hotel em Cuba não é apenas abrir mais um hotel no meio de 41 porque “estamos a falar de uma unidade com 638 quartos – é maior só este hotel do que o conjunto dos últimos sete hotéis que abrimos em Portugal, em que nenhum deles chegava aos 100 quartos”.
Afirmando que “o Grupo continua apaixonado por Portugal”, referiu que em solo luso a Vila Galé vai ter mais projetos para desenvolver e vai entrar num novo ciclo de obras, o que vai acontecer também no Brasil, onde vão arrancar com mais uma unidade no Ceará onde já têm dois hotéis, além de avançarem para o estado de Minas Gerais, para a cidade de Ouro Preto “que combina história, património, gastronomia e que está nos nossos objetivos de desenvolvimento”.
Em projetos e destinos a Vila Galé não vai ficar por aqui, por isso, dirigindo-se aos Embaixadores de outros países que estavam presentes na sessão, o administrador do Grupo disse: “os outros embaixadores não desesperem porque não estão esquecidos, nós ainda não “arrumámos as botas” quanto ao investimento na América Latina. Em Cuba, como disse, não investimos à primeira, levou algum tempo e os 10 hotéis que hoje temos no Brasil também não foram feitos de um dia para o outro – estamos a falar de uma história que começou há 22/23 anos e tem sido um processo de descoberta”.