Fernando Garrido exige “coragem” ao novo Governo para decidir sobre os problemas estruturantes do setor

Na sessão de abertura do XX congresso da Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal (ADHP), o seu presidente, Fernando Garrido exigiu do novo governo decisões sobre os problemas estruturantes do setor do turismo e também uma nova legislação laboral que defenda os interesses dos profissionais e das empresas.
Aeroporto de Lisboa, ferrovia de alta velocidade e reconhecimento das profissões e respetivos profissionais, foram três das questões avançadas por Fernando Garrido no seu discurso de abertura do congresso. Problemas que, frisou, “são sobejamente conhecidos e nunca resolvidos”.
“Num momento em que se inicia um novo ciclo político, não podemos continuar a esconder-nos e a adiar a resolução dos problemas existentes no nosso setor, sobejamente conhecidos e nunca resolvidos”, afirmou o presidente da ADHP, que considerou “fundamental que o novo governo tenha a coragem e reúna a convergência das forças políticas, para que se assuma a resolução destes problemas estruturais em prol do país, colocando de parte as questões políticas”.
Referindo-se diretamente à questão da valorizarão e reconhecimento dos recursos humanos, que tão cara é à ADHP, que tanto tem falado sobre ela, Fernando Garrido frisou que ela serve de “chavão” para todos os governos mas que “pouco ou nada se avança”.
Tanto assim é que “continuamos com uma legislação laboral completamente desajustada aos interesses dos próprios colaboradores, com a ausência de reconhecimento e valorização das profissões, tanto para os colaboradores como para as empresas”, afirmou, lamentando que a contratação dos profissionais hoteleiros “continua assente sobre categorias profissionais inexistentes”.
Por isso deixou um repto ao novo governo: “de uma vez por todas, têm de se tomar decisões, este é o sector do futuro, e que já deu provas disso em momentos cruciais para o país”. A propósito assegurou que “como sempre, a Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal está disponível para contribuir ativamente para a resolução destes problemas, como sempre o fez”.
Já noutro plano, Fernando Garrido, que considerou que o congresso da ADHP é hoje já “uma referência”, sublinhou os bons resultados que o setor tem tido nos últimos anos: “O ano de 2022, foi um ano muito positivo, 2023 excecional”, afirmou, perspetivando que em 2024 “apesar de haver algumas “dúvidas” quanto aos resultados que iremos alcançar, temos uma certeza: será igualmente um excelente ano”.