EUA são o mercado mais forte para a Europa no longo curso, segundo a ETC
Apesar da inflação e do aumento dos custos de viagem, a recuperação das viagens na Europa continuou no segundo trimestre de 2023, afirma a European Travel Commission que destaca a forte procura, no geral e o facto de os Estados Unidos serem o principal mercado de longo curso. Neste caso, Portugal é um dos beneficiados.
“A recuperação do turismo na Europa mantém seu ímpeto”, afirma a European Travel Commission que destaca o facto de terem sido já atingidas 95% das chegadas de turistas internacionais à Europa, o que leva a concluir que “os gastos com viagens ainda são priorizados em relação a outras despesas discricionárias”.
Os dados constam do relatório “European Tourism: Trends & Prospects” para o segundo trimestre de 2023, que foi divulgado esta semana.
Para Miguel Sanz, presidente da ETC, “é encorajador ver a recuperação positiva das chegadas de turistas internacionais no primeiro semestre de 2023. Neste sentido, os destinos europeus devem estar preparados para gerir eficazmente o aumento da procura e retorno dos viajantes”.
De acordo com o mesmo responsável, “as estratégias turísticas devem incluir a dispersão de viagens para apoiar os destinos a lidar com a superlotação, ao mesmo tempo em que espalham os benefícios do turismo para áreas menos visitadas”.
Preço é preocupação
O relatório indica, que neste verão, muitos turistas irão ter o preço como preocupação fundamental ao marcarem as suas viagens de férias. Segundo o estudo, esta circunstância “não deve atrapalhar a recuperação geral”, uma vez que os consumidores continuam a mostrar uma grande apetência pelas viagens, embora saiam beneficiados os destinos que apresentem uma melhor relação custo-benefício.
“Dados recentes até maio mostram que os destinos com boa relação custo-benefício estão a ter um bom desempenho, com países como a Sérvia (+27%), Bulgária (+21%), Montenegro (+12%) e Turquia (+9%) a estarem entre os que mais ganham com esta situação.
EUA lideram recuperação de viagens internacionais para a Europa
Os dados mais recentes mostram que 52% dos destinos ultrapassaram os níveis pré-pandémicos no que se refere às chegadas de turistas nos EUA.
O estudo sublinha que “destinos do sul do Mediterrâneo, como Portugal (+79%), Turquia (+78%) e Montenegro (+43%) relataram um crescimento substancial nas chegadas do mercado dos EUA”.
Na Europa de Leste, a Letónia (+135%) e a Polónia (+51%) também registaram um crescimento significativo das chegadas dos EUA.
