Estudo: 46% vê tecnologia no setor da hotelaria e restauração como ameaça

Um estudo realizado pelo Eurofirms Group, empresa de RH especializada em gestão de talento, sobre o impacto da tecnologia e digitalização no setor da hotelaria e restauração, revela que 46% dos inquiridos receia uma redução de emprego, estando, no entanto, conscientes da necessidade de estarem mais qualificados para lidar com a nova realidade.
Pelo contrário, 44% dos questionados neste inquérito levado a cabo em maio deste ano, não veem qualquer ameaça. Destes, 17% consideram que as máquinas não fazem o trabalho humano, enquanto outros 25% considera que os clientes dão preferência ao contacto humano e 2% pensa que os empresários não farão investimentos em máquinas em detrimento de pessoas.
A verdade é que a pandemia se tornou um ponto crucial na digitalização no setor da hotelaria e restauração, com as empresas a apostarem fortemente na transformação digital e tecnológica, principalmente com o surgimento de plataformas de entrega rápida ou de sistemas de trabalho informatizados. Uma situação que levanta dúvidas sobre o que se passará com os postos de trabalho existentes e que não deixa ninguém indiferente, uma vez que pode ser outro grande pretexto para uma alteração a nível socio laboral.
Mas, apesar de existir receio entre a população ativa no que diz respeito à digitalização e irrupção da robótica no setor e, consequentemente, na criação de emprego, conforme ficou concluído no estudo, na relação entre empregado – empregador, os valores partilhados são uma prioridade, facto que leva os especialistas na gestão de talento a concordarem com a importância da liderança por valores.
Na era da digitalização, embora os perfis mais procurados continuem a ser os tradicionais liderados pelo perfil de empregado de mesa, surge um caminho a seguir na criação de emprego: promover a digitalização desde dentro, incorporando perfis mais tecnológicos, para deixar de ver a digitalização como uma ameaça. A solução passa mesmo na necessidade de que empregados e empregadores unam esforços para melhorar o serviço global.