Entre 2014 e 2023: Turismo residencial em Portugal gerou 15 MM€ em receitas fiscais para o Estado
Um estudo realizado pela Nova School of Business and Economics em parceria com a Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts revela que entre 2014 e 2023, o turismo residencial gerou 130 milhões de dormidas e teve um impacto económico total de 184,5 mil milhões de euros.
A Nova School of Business and Economics em parceria com a Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts realizou os estudos “Turismo Residencial: Impacto Macroeconómico” e “Turismo Residencial: Benchmarking fiscal” com o objetivo de estimar a contribuição do setor para a economia portuguesa no período entre 2014 e 2023. No estudo foram considerados os Aldeamentos Turísticos, Apartamentos Turísticos e Hotéis-Apartamentos que se encontrem integrados em empreendimentos turísticos.
Entre as principais conclusões destacam-se os 15 mil milhões de euros em receitas fiscais para o Estado que o sector gerou entre 2014 e 2023, dos quais 11 mil milhões são provenientes de IVA. Os estudos destacam, ainda, os 96,9 mil milhões de euros em Valor Acrescentado Bruto (VAB), dos quais cerca de metade, 43,8 mil milhões, foram destinados a remunerações.
De referir que, no período em análise, o turismo residencial gerou 130 milhões de dormidas em Portugal e teve um impacto económico total de 184,5 mil milhões de euros. Além disso, entre 2014 e 2023 foram criados uma média anual de 284.584 empregos a tempo completo.
O estudo concluiu, ainda, que em 2024 Portugal apresenta a maior carga fiscal total na aquisição de imóvel residencial de segunda habitação nova (25,4%) entre os países do Mediterrâneo (Espanha, França, Itália, Grécia, Croácia, Chipre e Montenegro), e o segundo país com a carga fiscal mais elevada sobre as mais valias na ótica do investimento (a seguir a França).
Para Pedro Fontainhas, diretor Executivo da Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts, estes estudos deixam claro o “enorme potencial do Turismo Residencial, o seu impacto positivo e o efeito multiplicador que o sector tem na economia, tanto a nível da atração de investimento e residentes estrangeiros, como a nível da criação de emprego”.
O mesmo responsável afirma que “Portugal tem todas as condições para ser um dos destinos líderes a nível mundial em turismo residencial”, no entanto, “reduzir os encargos na aquisição pode atrair mais investimento e alavancar ainda mais a nossa economia”.