Enquadramento do processo de privatização da TAP vai a Conselho de Ministros dia 28
O anúncio foi feito esta terça feira pelo primeiro-ministro na Assembleia da República, onde também admitiu a possibilidade de alienar “parte ou a totalidade do capital” da companhia, “tendo em conta os interesses de Portugal”.
Durante o discurso inicial que proferiu esta terça feira no debate parlamentar da moção de censura do Governo interposta pelo Chega, o primeiro-ministro anunciou que o Governo vai aprovar no Conselho de Ministros do próximo dia 28 o diploma que irá definir o enquadramento do processo de privatização da TAP.
“Como reconhece a Comissão Europeia, estamos a implementar o plano de reestruturação com sucesso e posso confirmar que, na próxima semana, aprovaremos o diploma que estabelece o enquadramento da privatização da TAP, defendendo a companhia e os interesses de Portugal e dos portugueses”, declarou António Costa.
É também tendo em conta os interesses do país que o Governo irá decidir se aliena apenas uma parte ou a totalidade do capital da companhia aérea. Ainda assim, António Costa garantiu que “não vamos vender a um qualquer privado”.
Salientando a importância estratégica que a TAP tem para o país, o primeiro-ministro referiu-se ainda à atual situação económico-financeira da transportadora aérea nacional, salientando que no ano passado, “a TAP não só não deu prejuízo, como apresentou lucros”.
A propósito recordou também que “este ano, já foram transportados 7,6 milhões de passageiros no primeiro semestre, atingindo já o valor de 96% dos passageiros transportados no período pré pandemia” da covid-19.
Como tem sido noticiado, o objetivo é que a venda da companhia esteja concluída até ao final do primeiro semestre de 2024. Interessados conhecidos são três, tal como também tem vindo a ser avançado: a IAG (British Airways e Iberia), a Air France/KLM e a Lufthansa.