Em noite de celebração do 50º aniversário Associação dos Diretores de Hotéis homenageia “os seus”

Corria o ano de 1973 quando foi criada a Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal. Cinquenta anos passados, a data foi assinalada no sábado com um jantar que celebrou as “bodas de outo” da ADHP, homenageou fundadores, antigos presidentes e sócios que já levam tantos anos de associados como a Associação tem de vida.
Os 50 anos de vida da Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal foram assinalados no sábado, 11 de novembro, em Lisboa, com um jantar comemorativo que contou com a presença do secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, dos presidentes de várias associações empresariais do setor, associados e inúmeras personalidades ligadas à hotelaria e turismo.
“A comemoração de 50 anos é um momento único na vida de uma associação” e “um marco histórico”, começou por afirmar o presidente da Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal, Fernando Garrido, que numa breve intervenção, recordou o nascimento da ADHP, “a 24 de outubro de 1973, pela mão de 11 diretores de hotel”, cujos nomes fez questão de lembrar e homenagear “pela sua visão de futuro e, também, responsabilidade social no apoio aos profissionais e ao setor”: António Costa e Silva, António Teixeira Murta, Manuel Henriques da Conceição, Luís Figueiredo de Sousa, José Ataíde Figueiredo, Américo Simões, Jacques Catrice, Manuel Simões, António Pinto Bastos, Manuel Ai Quintas e Luís Faria de Carvalho.
Fernando Garrido recordaria também os objetivos daqueles 11 diretores hoteleiros ao fundarem a Associação: promover as unidades hoteleiras onde desempenhavam funções e as regiões em que estavam inseridas, bem como colaborar na troca de informações vitais sobre a indústria do turismo a nível nacional, buscando encontrar soluções para os problemas então vividos.

Porque celebrar 50 anos de uma associação é, também, reconhecer o trabalho realizado pelas várias Direções que se sucederam no tempo, Fernando Garrido citou, um a um, os vários antigos presidentes da Associação presentes na sala, que seriam homenageados durante o evento – tal como os sócios que há 50 anos estão na Associação – sem esquecer que por trás de cada um dos visados estava sempre uma equipa de direção e delegados que “impulsionam e dinamizam a vida da Associação”.
Do passado para o presente, Fernando Garrido frisou que “hoje, a ADHP contribui ativamente na vida do setor, colaborando com as escolas superiores de Hotelaria e Turismo, transmitindo as reais necessidades do mercado” mas também “com a tutela” e com “as instituições públicas e privadas” às quais alerta para as dificuldades com que se deparam atualmente os diretores de hotéis, “apresentando soluções concretas”. Acima de tudo, frisou, o grande objetivo é “defender a classe, lutando pelo seu reconhecimento” e “pelo seu desenvolvimento pessoal e profissional”, através, nomeadamente, de diversas ações de formação. Referiu igualmente o papel internacional da Associação, nomeadamente, através da colaboração com a sua congénere espanhola.
Nuno Fazenda: A ADHP “tem cumprido e superado a sua missão”
Presente o evento, o secretário de Estado do Comércio e Turismo, Nuno Fazenda, que recordou que no início da sua carreira profissional foi diretor hoteleiro, afirmou que no centro da atividade de um diretor de hotel está o cuidado com as pessoas, seja ao nível dos recursos humanos como na gestão do cliente.
Para o governante, celebrar os 50 anos de uma associação do setor é também celebrar o turismo, “um setor vencedor que é uma das principais atividades económicas exportadoras, que foi dos primeiros a dar a volta na recuperação”, tendo já em 2022 recuperado os números de 2019 “com 15% de aumento nas receitas”.

Sublinhando que Portugal teve, até setembro, “os melhores nove meses de sempre, superando todos os indicadores de procura”, nomeadamente o das receitas em que o aumento face a 2019 já está em 36%, afirmou que este crescimento “deve-se em muito às nossas empresas, aos nossos empresários, aos nossos diretores de hotel, aos nossos profissionais do turismo”. Acrescentou ainda que “temos todas as condições para continuar a crescer no turismo” e a “crescer bem, com sustentabilidade, com autenticidade, com todo o território e ao longo de todo o anos”.
Porque “também queremos crescer com qualificações”, “precisamos de mais competências e mais qualificações”, defendeu. Neste sentido realçou o papel desempenhado pela ADHP em matéria de formação, afirmando que “a ADHP não é apenas uma associação que representa, com toda a legitimidade, os seus associados” mas é também uma entidade associativa que “dá um contributo importante ao turismo português porque promove a formação” não só dos diretores hoteleiros e quadros intermédios, e promove “a capacitação e o conhecimento”.
Por tudo isto “a ADHP é uma associação que tem cumprido e até superado a sua missão”, concluiu Nuno Fazenda.
