Em Barcelos a loja do “Mercado das Viagens já é uma referência”, afirma Lisete Cardoso

Gerente de loja na Mercado das Viagens Barcelos, Lisete Cardoso, que está nesta agência há uma década, fala-nos da evolução e da influência da marca. As vendas para o verão, os destinos preferidos dos clientes naquela cidade e as perspetivas para 2025, foram também assuntos em cima da mesa.
A Lisete entrou para a profissão de agente de viagens há quantos anos? E desde quando trabalha na agência do Mercado das Viagens de Barcelos?
Comecei a trabalhar em agências há 11 anos, tive uma primeira experiência e há 10 anos entrei na agência em Barcelos – o Mercado das Viagens existe na cidade desde 2015 – e atualmente sou gerente de loja
Em todos estes anos, como é que tem olhado para a evolução da marca Mercado das Viagens?
Enquanto responsável de loja, neste caso na cidade de Barcelos, penso que de uma forma geral, o grupo tem tido um crescimento bastante positivo, quer em termos do número de lojas que têm aberto ao longo destes anos, quer em termos de resultados e de vendas. A cada ano que passa, o número de vendas é sempre superior e eu acho que isso é resultado, obviamente, de uma boa gestão e de um crescimento sustentável. Portanto, parece-me que está a ser bastante positivo este percurso.
E a marca influencia já o bom desempenho das lojas?
Hoje em dia pelo trabalho feito já há clientes que quando pensam comprar férias, um fim de semana ou uma viagem de avião, dizem de imediato que vão ao Mercado das viagens, em vez de dizerem que vão a uma agência de viagens, o que é significativo.
Acho que atualmente tenho todas as condições para afirmar que em Barcelos, onde eu estou posicionada, a agência Mercado das Viagens já é uma referência e não apenas mais uma agência de viagens.
No ano passado na agência de Barcelos, as vendas subiram em relação a 2023?
Sim, subimos consideravelmente. Tínhamos estabelecido um objetivo e ficámos bastante acima desse objetivo, tivemos uma subida bastante acentuada.
Os tour operadores já lançaram a programação no mercado há uns meses, aliás as ofertas estão a aparecer cada vez mais cedo. Como é que estão a correr as vendas para o verão?
O facto de termos as programações muito cedo faz com que os clientes habituais, e as pessoas passantes, procurem também fazer as suas reservas bastante mais cedo do que aquilo que acontecia ainda há poucos anos. Esta situação faz com que consigamos ter produto e fazer vendas de um ano para o outro. Salientava que não é apenas o facto de o produto estar disponível mais cedo, as promoções de lançamento também ajudam à venda.
É claro que depois vão surgindo novos produtos, novas programações, mas no fundo isso vai compensar aquele cliente que não pôde comprar antecipadamente e só vem comprar depois, porque dessa forma, felizmente, há sempre produto e oferta para eles.
“Os cruzeiros são um produto cada vez com mais procura. Não sendo um destino em si, está a ser muito aliciante para os clientes, que podem visitar vários lugares e beneficiar de uma experiência que é a de andarem uns dias num navio”
O que é que se está a vender mais?
Na loja de Barcelos neste momento temos um público muito direcionado para as grandes viagens, os clientes estão a comprar viagens para destinos de longo curso, quer para as férias em famílias, quer os clientes de luas de mel. Temos um público muito variado mas os destinos que estão com maior procura são, efetivamente, as Maldivas e as Caraíbas. Neste momento o Japão também é um destino muito procurado, e o mesmo se passa com a Tanzânia, pelos safaris.
Também posso dizer que os cruzeiros são um produto cada vez com mais procura. Não sendo um destino em si, está a ser muito aliciante para os clientes, que podem visitar vários lugares e beneficiar de uma experiência que é a de andarem uns dias num navio.
E recorrem às programações que os operadores colocam no mercado?
Sim, na maioria das vezes, para esse tipo de destino, o caminho é feito através de operadores.
Não estão na fase de construírem o próprio produto?
Por vezes há situações em que nós fazemos aquilo a que chamamos de orçamento à medida, no fundo estamos a construir um produto mais específico, para o adequarmos ao pedido do cliente. Construímos o produto à medida, por exemplo, no que diz respeito ao Japão, porque há imensos programas para o destino, mas há clientes que optam por fazer o Japão de uma maneira diferente, e depois do Japão fazer uma extensão a um outro destino qualquer, e aí nós criamos o produto.
E nas viagens de proximidade, diria até 4 ou 5 horas de avião, o que é que os clientes estão a comprar? O Algarve está a ter muita procura?
Como em anos anteriores a procura maior é pelas Ilhas Baleares e o sul de Espanha, depois temos muitos clientes a procurar Cabo Verde.
Quanto á segunda questão, vendemos muito Algarve, os nossos clientes procuram cada vez mais os hotéis em regime de tudo incluído, e querem saber das localizações, querem ter a certeza que estão bem localizados, querem saber como é o serviço, etc., e nesse aspeto, acho que ninguém é melhor do que nós para poder aconselhar, apesar de ser muito fácil hoje em dia fazer uma reserva online. É verdade que os hotéis da região nem sempre têm camas disponíveis, mas é um produto que nós também tentamos vender de alguma forma.
A situação económica de alguns países europeus está a levar ao fecho de algumas grandes empresas no norte do país, nomeadamente na região onde vocês também estão. Essa situação já se reflete nas vendas?
Até ao momento não temos sentido qualquer quebra ou algum retrocesso nas vendas, no entanto estou a acompanhar o que se passa na região, por isso não sei o futuro. Esperemos que não venha a haver problemas, mas até ao momento está tudo bem.
Está otimista para as vendas este ano?
Sim, o ano começou muito bem portanto, tudo nos indica e nos leva a acreditar que vamos ter um bom ano, embora notícias como essa que acabou de referir possam deixar aqui alguma dúvida, mas vamos acreditar que não, vamos acreditar que sejam só mesmo notícias que fiquem no ar.