Egito em voos diretos é uma das grandes apostas da Image Tours para este ano, afirma Miguel Jesus

Num ano em que não tem novidades ao nível de destinos, a Imagem Tours está a fazer “uma forte aposta” naqueles que já programa, com destaque para o Egito, em que é especialista, mas também na Turquia. Em entrevista ao Turisver, Miguel Jesus, diretor-geral da Image Tours avança, também, que o operador tem uma programação nova na Índia.
A Image Tours tem alguma novidade na programação para este ano?
Novidades, exatamente, não temos. A boa notícia que temos já vem um pouco do ano passado, foi o facto de voltarmos a ter a Egyptair a voar desde Lisboa para o Cairo, e tendo em conta que o Egito é o nosso destino número um, somos especialistas, temos a empresa também no Cairo, não podíamos ter tido melhor notícia.
O início da operação correu muito bem, embora a companhia tenha entrado já um pouco tarde, mas de qualquer forma ainda funcionou bastante bem, e agora estamos na expectativa para sabermos como é que vai ser a próxima operação em termos da Egyptair. Estamos à espera, a qualquer momento, que saia a operação, que já devia ter saído, mas ainda não saiu, e estamos todos a postos.
Portanto, novidades, em termos de novos destinos, não temos, aquilo que estamos a fazer é uma forte aposta nos destinos que temos, e voltar a ter a programação que tínhamos com voos diretos para o Egito, que para nós irá fazer toda a diferença.
E o que é que vocês propõem para o Egito, independentemente do facto de a companhia vir, e em princípio vem…
Nós temos informação que vem, que já estão aprovados os slots e que mais dia, menos dia, sai a programação. A nossa dúvida é saber se irão pôr a terceira frequência ou não, porque houve alguma informação que nos deram que em princípio ia haver uma terceira, mas de qualquer forma estavam confirmados dois voos, às terças e quintas-feiras.
Como especialistas no destino, e recordo que somos o único operador com empresa recetivo no Egito, com um barco de luxo no Nilo, as nossas baterias vão apontar todas para aí e encontrar uma programação o mais vasta possível, que permita mostrar ao mercado o quanto nós somos especialistas e as opções que podemos dar, quase infinitas, dentro do destino.
A nível comercial, procuramos montar uma programação em função daquilo que regista maior procura, que é sem dúvida os clássicos de Cairo e Cruzeiro no Nilo e também com extensão às praias do Mar Vermelho, essa será a nossa aposta.
Este ano estamos com um grande otimismo, porque confirmando-se a operação da Egyptair e com a abertura do novo museu, irá haver muita promoção e logicamente nós iremos ser beneficiados com isso, portanto estamos preparadíssimos para lançar a programação. A informação que existe é que a inauguração oficial e total do novo museu será em julho, porque neste momento estão apenas 12 salas abertas, sendo que o espólio do Tutankamon ainda está no museu antigo e irá ser colocado no novo.
Para além do Egito quais são as vossas apostas mais fortes?
Nós apostamos muito também na Turquia, vendemos muitíssimo bem, felizmente. Corremos risco, temos lugares garantidos com a Turkish Airlines na Páscoa, nos feriados de junho, e nos meses de julho, agosto e setembro, de Lisboa e do Porto, portanto temos uma operação grande a nível de risco para a Turquia, também em função do que têm sido os resultados dos últimos anos, que tem funcionado bastante bem.
Na Turquia, apostamos num produto de qualidade superior, tudo com hotéis de 5 estrelas, visitas incluídas, refeições incluídas, mesmo para aquele tipo de cliente que quer ir e não quer estar preocupado com opcionais.
“… a nossa programação regular com os voos da Turkish Airlines e da Pegasus e aí, sim, o cliente tem várias opções, desde hotéis de 4 e 5 estrelas e de luxo, com mais ou menos visitas incluídas e permitimos que o cliente possa “montar” a viagem a seu gosto”
O programa da Páscoa é diferente do programa do Verão?
Sim, nós optámos por fazer um programa mesmo de ‘top’, tudo 5 estrelas, pensão completa durante a viagem toda, todas as visitas incluídas, sem tempos livres, optámos por fazer um programa a que chamamos mesmo ‘Turquia tudo incluído’, de forma a que esteja tudo o que é obrigatório incluído.
Temos 3 saídas, temos duas a 19 de abril, de Lisboa e do Porto e uma a 13 de abril, também de Lisboa e do Porto e neste momento só já temos lugares, e poucos, na partida de Lisboa a 19 de abril, o resto está tudo cheio.
E para o verão, qual é a programação para a Turquia?
No verão, vamos ter os feriados de junho, tanto o de Santo António em Lisboa como o de São João no Porto, também com lugares garantidos, temos também lugares garantidos na Pegasus, que está a voar de Lisboa para Izmir, e depois temos julho, agosto e setembro de Lisboa e do Porto com a Turkish Airlines, lugares garantidos para o programa clássico de 8 dias, também com hotéis de 4 e 5 estrelas, visitas e refeições. Neste tipo de operação de risco, nós optamos por colocar os programas com o máximo de incluído.
Depois, à parte disso, temos a nossa programação regular com os voos da Turkish Airlines e da Pegasus e aí, sim, o cliente tem várias opções, desde hotéis de 4 e 5 estrelas e de luxo, com mais ou menos visitas incluídas e permitimos que o cliente possa “montar” a viagem a seu gosto. Nas operações especiais, apontamos para aquele tipo de produto de máxima qualidade.
O que é que têm mais na vossa programação para este ano?
Este ano temos também uma programação nova na Índia, um destino que nós, por tradição, sempre tivemos, e aumentámos o número de opções dentro do destino. À parte dos programas clássicos dos ‘triângulos dourados’, também com extensão a Voa, com extensão a Nepal, com Varanasi, tentamos sempre, numa ótica de especialista, dar o máximo de opções dentro do destino.
Outro destino em que estamos a fazer muita força este ano em termos de promoção, porque temos um produto muito bom, é o Vietname, que tem estado a funcionar bastante bem. Temos um parceiro há vários anos que nos dá um produto com muitíssima qualidade para os circuitos clássicos no Vietname, também com extensão à praia, e com extensão ao Camboja, para se fazer o Vietname e Camboja.
Esses programas têm datas fixas?
Não, neste caso são circuitos regulares. Estamos a preparar alguma operação especial para o Vietname, com várias datas e com lugares garantidos, estamos a fechar essa operação e em princípio irá sair na BTL.
Aparte disso, o Japão, que este ano foi um sucesso, já no ano passado tinha registado uma procura bastante grande, e este ano também. Estamos também a relançar a China, que era um produto que nós tínhamos, mas nunca houve uma aposta muito grande, e este ano estamos a apostar e está a funcionar muito bem.
No ponto de geral, a perspetiva para este ano é crescer em número de clientes?
Olhando para os dois primeiros dois meses do ano, nós estamos 20% acima do ano passado. Claro que o ano passado, no mesmo período, não tínhamos Egyptair a voar direto, este ano temos, e esse é um fator que influencia bastante nos números, tendo em conta que é o nosso destino número um, mas, de facto, a procura e os resultados destes primeiros dois meses foram bastante bons, portanto, a minha expectativa é que se prolongue
Tendo em conta que os nossos principais destinos, à exceção da Turquia, estão localizados no Médio Oriente, como é o caso do Egito e da Jordânia, há sempre alguma incerteza. A Jordânia, por exemplo, foi um destino que, no ano passado, praticamente não funcionou, mas este ano está a dar os primeiros passos, e os sinais são bons, portanto, vamos ver… Estamos a lançar umas promoções para a Jordânia, porque achamos que poderá funcionar, e já se está a registar alguma procura. Isto para dizer que a parte política tem uma grande influência naquilo que são os meus resultados, porque dependo muito destes destinos, que, infelizmente, nos últimos anos têm tido aqui alguns problemas de estabilidade.