Eduardo Jesus: Madeira vai manter apoio aos operadores turísticos ao nível de 2022
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Em conversa com os jornalistas, à margem da apresentação da nova campanha da Madeira, Eduardo Jesus, presidente da APM e secretário Regional do Turismo e Cultura, sublinhou o compromisso da região com o mercado nacional e destacou que a parceria que une a Madeira aos operadores turísticos e agentes de viagens nacionais vai ser mantida.
Falando aos jornalistas, à margem da apresentação da nova campanha de promoção turística da Madeira, Eduardo Jesus, secretário Regional do Turismo e Cultura e presidente da Associação de Promoção da Madeira, explicou que a campanha nasceu do sentimento de que “precisávamos de alterar qualquer coisa, de rejuvenescer a nossa mensagem”, apesar de a comunicação que estava a promover a marca Madeira no mercado estar a correr “muitíssimo bem”, o que “aumenta a nossa responsabilidade” com a nova campanha.
“Entendemos que o compromisso que temos com o mercado nacional dava-nos este espaço” de ir no sentido de “uma comunicação mais sensorial”, acima de tudo para “consolidar e fidelizar a presença do mercado nacional na Madeira”. No ano de 2022, disse, “tivemos mais de 520 mil portugueses do Continente na Madeira e esse é um número que queremos manter” e “se for possível crescer mais, ótimo”.
Relativamente ao ano passado, realçou a “valorização da oferta”. Segundo Eduardo Jesus, em 2022, a Madeira atingiu “níveis do preço da oferta que entendemos que correspondem à qualidade da oferta e do serviço que se faz [na Madeira]”, o que “permite ao setor ter uma capacidade de investimento, de renovação e de inovação, até nas áreas da tecnologia, que é preciso fazer e só com níveis de rentabilidade semelhantes àqueles que tivemos o ano passado é que há espaço para isso”.
Preços não irão afastar mercado nacional
Afirmando que “um dos nossos objetivos é manter o nível de valor da Madeira”, sublinhou que “o RevPar do ano passado foi o mais alto de sempre, os proveitos do setor foram os mais altos que tivemos”, o que não significa que os objetivos estão todos alcançados e que não haja maiores ambições para o futuro. “Sabemos é que o nível foi tão alto que a nossa responsabilidade recai na preocupação de os manter”.
Inquirido sobre se os preços elevados não são um obstáculo para o mercado nacional, Eduardo Jesus disse acreditar que tal não irá acontecer. “O mercado nacional é um excelente mercado e está disponível para remunerar o serviço que lhe é prestado, não só na Madeira como em todo o mundo” até porque, defendeu, “o português é conhecido por ser um bom turista”, um turista que está disponível para pagar para ter qualidade. “Eu julgo que a Madeira passou essa mensagem” de qualidade e “temos esse compromisso do nosso lado”, sustentou.
Além disso, frisou, “a diversidade de oferta que a Madeira tem, também permite acolher determinados segmentos de forma diferente. A Madeira não é apenas um destino de [alojamentos] de cinco estrelas, tem belíssimos hotéis de cinco estrelas mas também tem de quatro e três estrelas, tem turismo rural, tem alojamento local…”. “A oferta tão diversificada que existe na Madeira permite ter segmentos muito diferenciados”, garantiu, acrescentando que, por isso mesmo, o risco de perder algum mercado nacional por via dos preços “está minimizado”.
Apoio à tour operação é para continuar
À pergunta dos jornalistas sobre se está assegurado para este ano o apoio da Madeira aos programas que os operadores turísticos colocam no mercado sobre o destino Madeira, Eduardo Jesus respondeu de forma afirmativa, explicando que “aprovámos para 2023 um orçamento da Associação de Promoção da Madeira que ronda os 16 milhões de euros. Dentro da segmentação que é feita, salvaguardamos o mesmo nível de investimento de 2022 para 2023 para os operadores nacionais”.
“Quando falo em compromisso, nós assumimo-lo dividindo o risco e a responsabilidade com os operadores”, nomeadamente através de campanhas de co-branding afirmou o presidente da Associação de Promoção da Madeira, considerando que a tour operação “é, sem dúvida, um dos canais que privilegiamos e vamos manter níveis de investimento semelhantes ao passado”.
Relativamente aos mercados internacionais e ao seu possível comportamento este ano, Eduardo Jesus recordou que “a Madeira, com a pandemia, abriu uma porta nova que tem a ver com o mercado mais jovem e esse tem potencial para responder”.
“É verdade que conservamos os mercados e os segmentos tradicionais para a Madeira”, nomeadamente o inglês, o alemão, o francês e o polaco que “está no Top5 da Madeira e a crescer, mesmo durante a pandemia”, mas o facto de a região ter entrado no segmento dos mais jovens “criou um potencial de crescimento que não tínhamos”.