Dois terços dos residentes no Algarve auferem rendimentos provenientes do turismo

A conclusão é do estudo RESTUR, projeto que analisa atitudes e comportamentos dos residentes quanto à atividade turística no Algarve. O estudo também conclui que os residentes no Algarve entendem os impactos positivos desta atividade económica.
Os resultados do RESTUR, – projeto Atitudes e Comportamentos dos Residentes: Contributos para o Desenvolvimento de uma Estratégia de Turismo Sustentável no Algarve -, indicam que dois terços dos portugueses residentes no Algarve têm pelo menos uma parte do rendimento a ser proveniente do setor turístico. Concretamente, dos mais de 4.000 residentes que tiveram as respostas validadas pelo RESTUR, 67 % auferem rendimentos que provêm do turismo, 57% desempenham profissões ligadas ao setor e 47% têm familiares diretos a trabalhar nesta atividade económica.
Outra das conclusões do estudo mostra que os portugueses que residem no Algarve percebem que o turismo tem impactos positivos importantes na região, têm uma opinião positiva sobre a sua interação com os turistas da região e são favoráveis ao crescimento do número de visitantes no concelho em que moram. O que também lhes agrada é que o Algarve seja um destino turístico consolidado.
Quanto aos “impactos negativos importantes” a nível económico, 91,5% apontaram o aumento do preço das casas e dos terrenos, 86,4% disseram que o turismo aumenta o custo de vida e 75,5% afirmaram que os bens e serviços são mais caros devido ao turismo. Outros impactos negativos apontados têm a ver com o meio ambiente: 68% falam dos problemas de trânsito, do estacionamento e do número de acidentes e 66,2% sustentam que o turismo aumenta a poluição, o lixo e o barulho.
Questionados sobre se estão disponíveis para pagar mais taxas que possam beneficiar a atividade turística, apenas 14% responderam afirmativamente.
Na apresentação dos resultados do estudo, o presidente da Região de Turismo do Algarve, João Fernandes, afirmou que ele demonstra que, entre os residentes, “não há uma atitude de resistência, ou antiturismo, o que é muito positivo para um destino já maduro e que já trilha a aposta neste setor desde os anos 60”.
Os resultados do estudo podem ser consultados aqui .