Dificuldade no recrutamento para a hotelaria e turismo pode aumentar salários e regalias em 2023

Esta é uma das conclusões do estudo anual da Michael Page, sobre as tendências do mercado de trabalho para 2023 para quadros executivos em empresas de grande dimensão.
A retoma que se fez sentir na área de Hotelaria e do Turismo durante este ano de 2022, com recordes de faturação face a 2019, os novos investimentos internacionais e a dificuldade no recrutamento de recursos humanos para o setor, tenderão a tornar os salários no setor do turismo mais competitivos, ao mesmo tempo que as regalias para os trabalhadores tenderão também a ser maiores, segundo a Michael Page.
De uma forma geral, no conjunto dos setores económicos, é percetível, segundo o estudo, o aumento da digitalização dos negócios, a mobilidade, novos métodos de trabalho, novas funções e a corrida por talentos.
No que toca ao setor de “Hospitality & Leisure”, o mesmo estudo revela que no presente ano se observou “uma retoma na área de Hotelaria e do Turismo, com um crescimento gradual ao longo de 2022 e recordes de faturação em alguns momentos face a 2019”. Um cenário, que se perspetiva seja “de evolução em 2023”.
Na mesma área destacam-se os projetos de investimento que foram retomados, com um aumento, segundo o estudo da empresa de recrutamento, “do investimento internacional em Portugal, sobretudo na área de hotelaria e alojamento local, com destaque para os investimentos particulares e cadeias mais pequenas que viram um enorme potencial para o desenvolvimento dos seus negócios”.
Fatores que contribuíram para que os salários se tivessem tornado “mais competitivos”, uma vez que há uma maior capacidade para a captação de candidatos num mercado onde a oferta é bem maior do que os profissionais disponíveis existentes.
“A dificuldade no recrutamento de perfis para o setor da hotelaria e turismo, acentuou-se ainda mais em 2022, contribuindo para um ligeiro aumento salarial neste setor e foco na implementação de outras medidas com benefícios para os colaboradores, como folgas fixas ou juntas, fins-de-semana livres por mês, seguro de saúde, subsídio de alimentação, entre outros”, revela ainda o mesmo estudo, sublinhando que os “salários na área, em funções mais operacionais, aumentaram entre 5 e 10%”.
Como referência salarial, o estudo da Michael Page indica um diretor-geral de operações que pode auferir até 110 mil euros anuais e um diretor de hotel até 90 mil euros, ambos na zona de Lisboa.