Destinos portugueses “secundários” ganham protagonismo na Guestcentric

Os dados divulgados esta segunda-feira pela Guestcentric, mostram um “crescimento significativo” em destinos de “segunda linha fora da capital” durante o ano de 2024, com as receitas nestas regiões a aumentarem mais de 6% em termos homólogos.
A GuestCentric anunciou um crescimento significativo em 2024 para hotéis situados em destinos de segunda linha fora da capital. De acordo com os dados da GuestCentric, a receita global nestas regiões alcançou 180 milhões de euros, +6,6% do que em 2023. Adicionalmente, os hotéis registaram um milhão de noites reservadas (um aumento de 5,6% em relação a 2023) e 386 mil reservas realizadas (um crescimento de 6,9% face ao ano anterior).
De acordo com a empresa, que fornece software e serviços de marketing digital, “este desempenho notável sublinha as enormes oportunidades de crescimento em regiões como o Porto, o Centro e o Norte”. O Porto registou um aumento de 35% na receita, enquanto a região Centro registou um crescimento de 37%. Já a região Norte destacou-se com um crescimento de 53%.
Para o CEO da GuestCentric, Pedro Colaço, “este crescimento demonstra avanços significativos na diversificação da procura para além de Lisboa. Esta mudança evidencia uma preferência crescente dos viajantes por explorar as diversas paisagens culturais e naturais de Portugal. O robusto crescimento da receita em regiões como o Porto e o Centro ilustra o apelo crescente destes destinos”.
Para 2025, a empresa perspetiva um aumento significativo das reservas em julho, impulsionado sobretudo por planos de férias de última hora, destacando a importância de os hotéis oferecerem condições flexíveis para captar esta procura. Os sites de hotéis continuam a impulsionar o crescimento das receitas, com um aumento de 38%, enquanto os canais móveis registaram um impressionante crescimento de 44%. No entanto, as OTAs mantêm-se como um desafio, com taxas de cancelamento três vezes superiores às dos canais diretos.
Os dados da GuestCentric reforçam ainda a “necessidade de os hotéis se concentrarem no seu negócio direto”: “Com os sites e os canais móveis a proporcionarem um potencial de receita incomparável, adotar estratégias diretas permitirá aos hotéis portugueses prosperar e tirar partido da crescente procura por experiências regionais autênticas”, lê-se numa nota enviada à imprensa.