Desafios da promoção turística em foco no Fórum Vê Portugal

Painel recorrente no Fórum do Turismo Interno Vê Portugal é o que junta presidentes de várias Entidades Regionais de Turismo. Na 9ª edição que decorre na Covilhã este painel não faltou, tendo-se subordinado ao tema “Turismo Interno – Desafios para Portugal”. Em cima da mesa estiveram assuntos como a Lei 33 de 2013.
O painel que debateu os desafios da promoção turística para Portugal incluiu Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, e quatro presidentes de regiões de turismo – Pedro Machado, do Centro de Portugal; Luís Pedro Martins, do Porto e Norte de Portugal; Vítor Silva, do Alentejo; e João Fernandes, do Algarve.
A título de curiosidade, de mencionar que dos quatro presidentes de Entidades Regionais que participaram no debate apenas um se manterá além do verão, concretamente, Luís Pedro Martins, do Porto e Norte, já que nas regiões do Centro, Alentejo e Algarve irão em breve realizar-se eleições a que os presidentes das respetivas Comissões Executivas não poderão candidatar-se por limitação de mandatos.
Foi Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, que começou o debate no painel “Turismo Interno – Desafios para Portugal”, salientando que o modelo de promoção turística atualmente existente funciona e tem dado provas. “A promoção turística do país precisa de estruturas flexíveis, em colaboração estreita entre si, que deem resposta às necessidades dos visitantes. É esse modelo que existe e que tem alcançado resultados muito positivos”, afirmou.
Também Vítor Silva, do Alentejo, considerou que não é necessário mexer no modelo atual. “Este modelo provou que funciona e introduzir alterações pode ser um tiro no pé. Somos o setor económico mais invejado e, com poucos meios, conseguimos fazer crescer as marcas regionais. O modelo funciona, não é preciso mexer”, disse.
João Fernandes reconheceu igualmente que “o modelo está bem conseguido e tem dado cartas”, lembrando que “o Turismo de Portugal é uma referência a nível internacional”. No entanto, defendeu, tal como Pedro Machado o fizera na abertura do Fórum, que “é preciso reforçar as competências nas ERT, num processo de melhoria contínua” e, acima de tudo, é preciso “reforçar o financiamento das ERT, que precisa de mais recursos”.
Para Luís Pedro Martins, “o setor do turismo tem conseguido prosseguir o trabalho realizado sem grandes roturas e com estabilidade”. Recordando que “o turismo foi o setor que começou a regionalização, em 2013”, o presidente da ERT do Porto e Norte referiu que “passada uma década, é altura de mudanças. As regiões estão próximas das empresas e, devido a essa proximidade, podem fazer algum do trabalho feito pelo Turismo de Portugal”. “Estamos no bom caminho e só temos de o aprofundar”, concluiu.
Pedro Machado aproveitou para reforçar a ideia de que “o edifício do turismo responde, mas precisa de melhoramentos. “A Lei 33 de 2013 resolveu vários problemas, como a proliferação de entidades de turismo, que provocava descontinuidade territorial de produtos. Mas, entretanto, o mundo mudou. Os visitantes têm hoje prioridades diferentes, pelo que há alterações que devem ser feitas agora no reforço das competências das ERT. Estamos bem, mas podemos melhorar”, concluiu.
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