Dário Brilha: O Brasil é um destino no qual a Solférias é “cada vez mais considerada especialista”
Na última parte da entrevista a Dário Brilha, Gestor de Produto na Soférias, teve o Brasil como tema. A diversidade de destinos oferecidos no Brasil em voos regulares, acima de tudo na TAP e os produtos que têm maior procura no mercado português, bem como as operações charter de fim de ano, estiveram “em cima da mesa”.
O Brasil é um produto de ano inteiro. Tendo o Brasil a dimensão que tem, a Solférias opta por ter uma oferta alargada a todo o território ou restringe a oferta a determinadas zonas?
O Brasil tem sido uma aposta continuada da Solférias, não só com os charters mas também com allotments na TAP que tem mais de 90 voos semanais para o Brasil, o que nos ajuda imenso. Claro que isso também nos obriga a dar um enfoque aos destinos para onde a companhia voa.
Sendo a Solférias um operador muito conectado com o sol e praia, as maiores apostas são nos destinos do nordeste, nomeadamente nos estados da Bahia com Salvador, Ceará com Fortaleza, Alagoas com Maceió, Rio Grande do Norte com Natal e também Pernambuco com Recife. Saindo do nordeste, vendemos o Rio de Janeiro combinando cultura com praia. Ou seja, maioritariamente o que vendemos com a TAP, Air Europa e Latam são destinos de praia.
O que é que teve mais procura o ano passado?
O estado que mais vendemos foi a Bahia, Salvador continua a ser, ano após ano, o destino com mais procura no Brasil. O facto de ter uma estrutura hoteleira muito diversificada e com marcas muito conhecidas no mercado português facilita a venda porque o mercado português dá preferência a marcas que lhe são familiares e no litoral norte de Salvador, entre Guarajuba e a Praia do Forte, temos a RIU, a Iberostar, a Palladium, a Tivoli, e a Vila Galé. Também vendemos muito bem os combinados com Salvador.
Uma das grandes surpresas de 2023 foi o estado de Alagoas, com Maceió, que ficou no segundo lugar em vendas do Brasil: de 2022 para 2023 triplicámos o número de passageiros para Maceió, apesar de o voo para Maceió não ser direto, faz uma escala técnica em Natal de cerca de 1h15.
A Secretaria de Turismo de Alagoas tem feito um esforço muito grande de promoção, com um forte investimento em Portugal e está a começar a ver os frutos. Os nossos charters do final do ano têm ajudado bastante, tal como a abertura do resort da Vila Galé.
Acho que as pessoas não conheciam Maceió e o facto de ser apelidado “Caraíbas do Brasil” não é em vão porque é uma zona de praia muito diferenciada no Brasil e muito acima da média.
Em termos de hotelaria, além do Vila Galé, há outras marcas conhecidas dos portugueses?
Não tanto, na cidade a maioria dos hotéis são de cadeias pouco conhecidas embora a praia urbana tenha muita qualidade, aliás há hotéis na cidade que ficam praticamente dentro da praia, e outros que basta atravessar o “calçadão”.
Trata-se de um destino bastante seguro, onde há muitos “botecos” com música ao vivo. No litoral, um dos hotéis mais conhecidos é o Vila Galé Alagoas que tem muita qualidade, aliás é muito parecido com o Vila Galé Touros, perto de Natal. Mas há outros hotéis de qualidade que podem servir de alternativa a quem já esteve no Vila Galé e quer experimentar outras opções.
Ainda em termos de Brasil, continuamos a vender bem Porto de Galinhas (Recife, Pernambuco), em Fortaleza temos vendido principalmente a zona do Cumbuco e no Rio Grande do Norte temos vendido muito bem a zona de Natal.
No Rio de Janeiro sentimos uma subida muito grande nas vendas dos combinados com Búzios, aliás estamos a vender cada vez mais Búzios, onde há muitas pousadas e boutique hotéis novos, e vendemos estadas normais no Rio.
O efeito fim de ano representa mais de metade das vendas para o Brasil?
O fim de ano tem um peso significativo na faturação da empresa. A operação charter 2023/2024 teve quatro voos, uma aposta muito forte que correu bem, apesar de no fim de ano a hotelaria ser tendencialmente mais cara por via do peso do mercado doméstico brasileiro.
A TAP também tem ajudado, tanto ao criar tarifas diferenciadas e apelativas para o mercado emissor português como na própria concessão de allots que nos permite vender os voos para o Brasil a um preço mais baixo do que aquilo a que o público em geral tem acesso.
Esta ajuda da TAP, associada a algum esforço que tem sido feito pela hotelaria e ao facto de sermos cada vez mais considerados especialistas no destino, leva a que estejamos a vender cada vez mais Brasil.
Leia aqui a 1ª parte da entrevista com Dário Brilha e saiba qual a oferta da Solférias para a região de África, em voos charter
Saiba aqui as novidades da oferta da Solférias para a região de África em voos regulares