CTP congratula-se com facilitação de vistos mas falta desburocratizar

A CTP congratula-se com a criação do novo visto de trabalho anunciada quarta feira pelo Governo mas frisa que para que elas se tornem efetivas é preciso desburocratizar a administração pública.
Em resposta à Lusa, Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, disse que a entidade se congratula “com a medida anunciada, esta quarta-feira, pelo Governo de criação do visto para a procura de trabalho, que permite aos estrangeiros entrarem e permanecerem no nosso país durante seis meses, e a eliminação do regime de quotas para a imigração”. Ainda assim, alertou que tal medida “de nada valerá a medida se a máquina do Estado não corresponder em conformidade e em tempo”.
“Para que esta medida seja efetiva é necessário que as estruturas da administração pública que terão responsabilidades nesta matéria estejam devidamente desburocratizadas e que sejam céleres na tomada de decisão, por forma a evitarem-se os problemas que existiram, por exemplo, com a emissão excecional de vistos aos cidadãos ucranianos oriundos do conflito armado”, disse.
O presidente da Confederação do Turismo aproveitou para recordar que, ainda que esta não seja uma medida estrutural”, por ser delimitada em seis meses”, era “uma medida que a CTP há muito pedia, já que é uma das soluções imediatas para facilitar as empresas do turismo na contratação de profissionais estrangeiros num momento em que se assiste a um grave problema de escassez de mão-de-obra na atividade turística”, quando se está “à porta do verão e da época alta do turismo”.
Recorde-se que o Governo aprovou, esta quarta-feira, a criação do visto para a procura de trabalho, que permite aos estrangeiros entrarem no país durante seis meses, e eliminou o regime de quotas para a imigração, entre outras medidas relacionadas com a mobilidade no trabalho.