Cruzeiros da MSC com partida e chegada a Lisboa vão passar a ser feitos pelo MSC Musica em 2025, disse Eduardo Cabrita

Em conversa com os jornalistas, à margem do roadshow MSC Cruzeiros e Explora Journeys que aconteceu terça-feira, 22 de outubro, em Lisboa, Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros Portugal, mostrou-se confiante em que o ano de 2024 fique “acima das expectativas”.
Para Eduardo Cabrita, fazer o balanço de 2024 “é relativamente fácil, porque felizmente, como no turismo em geral, para os cruzeiros o ano está a correr de forma muito simpática e positiva”, apesar de haver ainda dois meses pela frente, que, segundo o diretor-geral da MSC Cruzeiro Portugal “vão fazer a diferença por duas razões”. Primeiro, porque os cruzeiros que a MSC programa com partida e chegada ao Dubai, com voos em parceria com a Emirates são realizados nos meses de novembro e dezembro e depois porque, pela primeira vez, a companhia fará itinerários com partida e chegada ao Funchal, também nesses meses, a bordo do Opera.
Comparando com 2023 “estamos muito positivos” até porque “sentimos que a partir de setembro, outubro, após as férias, houve uma procura maior do que esperávamos. Portanto, estamos em crer que 2024 ainda vai ser melhor do que se tinha perspetivado”, afirmou.
Sobre o número de cruzeiristas que Portugal terá capacidade para gerar e que já foi estimado em torno dos 85 mil ao ano, e a perspetiva de passageiros portugueses em 2024, Eduardo Cabrita disse não poder ainda avançar com números, mas porque “já não há itinerários com grande disponibilidade para os portugueses, em termos dos outros competidores”, avançou que se poderá situar “entre os 85 mil e os 90 mil cruzeiristas este ano”.
Sobre a renovada aposta da MSC nos itinerários Lisboa-Lisboa, que tiveram inicio há 15 anos, quando foi aberto o escritório da companhia em Portugal, Eduardo Cabrita afirmou que têm sido “sempre um grande sucesso, especialmente porque nos últimos dois anos a operação aumentou. Tivemos cruzeiros entre junho e outubro”. Este ano, frisou, “tivemos pela primeira vez 21 cruzeiros, entre abril e junho, e para o próximo ano vamos manter a operação, vai ser um novo navio, o MSC Musica, que é da mesma classe do atual, o Orchestra. E o Musica, quando acabar os Lisboa-Lisboa, vai efetuar os cruzeiros com partida e chegada ao Funchal, também no próximo ano”.
Cruzeiros à partida de Portugal contam com 15% a 18% de mercado português
“A ideia é manter estas operações no futuro, mas os testes são feitos a um ano ou dois anos”, disse o responsável, sublinhando que “este ano o Lisboa-Lisboa correu como tínhamos planeado mas não fomos o único mercado emissor, há outros, especialmente os grandes mercados como Espanha, França e Itália, que fazem estes cruzeiros”. Acrescentou ainda que “para o cruzeiro de Lisboa o mercado italiano, foi o nosso primeiro mercado, seguido da Alemanha, França e Espanha”. Já a quota de portugueses no Lisboa-Lisboa “varia entre os 15% e os 18%”, muito embora o diretor-geral da MSC espere que em 2025 essa quota possa aumentar.
Em relação às parcerias que a MSC Cruzeiros Portugal tem com as companhias aéreas TAP e Emirates, Eduardo Cabrita revelou estar “extremamente contente” pela forma como sempre têm decorrido, sendo, por isso, “para continuar”, até porque “ninguém faz um cruzeiro sem voo, ou então tem que o fazer à ‘porta de casa’”.
“Se com a TAP trabalhamos mais no verão, com a Emirates trabalhamos mais no inverno, época em que os navios estão nos Emirados Árabes Unidos”, explicou, garantindo que “estas parcerias são para continuar, obviamente”, até porque estes pacotes que incluem cruzeiro e voo acabam por ser “uma grande vantagem competitiva que temos em relação aos concorrentes, não só em Portugal, mas noutros países”.
“Se dissermos aos agentes de viagens, está aqui o pacote, não se preocupem com a operação, somos nós que cuidamos se existir um problema, o agente de viagens só se preocupa com a próxima venda, porque eles ganham a comissão, então, se calhar, temos aqui uma velocidade não de cruzeiro, mas uma velocidade muito mais acelerada nas vendas, e nós tratamos de uma operação que, ao mesmo tempo, é o que nos cabe”, considerou.
Relativamente às operações do próximo ano, Eduardo Cabrita disse que a MSC vai tentar “abrir o maior número de portos em cidades onde haja voos diretos, ou em que tenhamos portos de embarque. Tudo o que possamos abrir vamos abrir”.
Num setor em que a oferta começa a ser menor do que a procura dada a limitação de estaleiros que podem produzir navios, a MSC está a fazer a sua parte e vai lançar para o ano o World America, que vai estar nas Caraíbas durante todo o ano, o que vai gerar “uma fatia de aumento na produção”.
Relativamente ao mercado português, afirmou acreditar que “se tudo correr bem, vai continuar nesta aceleração, mesmo que seja mais suave”, embora tudo dependa da pressão que outros mercados, que são mais fortes mas estão mais atrasados na recuperação pós-pandemia, possam exercer” sobre o mercado português.