“Cruise & flight” pesa quase 50% nas reservas da MSC Cruzeiros

As reservas “só cruzeiro” foram perdendo peso na MSC Cruzeiros, à medida que foram crescendo as vendas com o voo incluído, e agora também do “stay & cruise”, produto que ainda não está disponível em todos os locais mas que, segundo Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros em Portugal, irá contemplar também Lisboa.
Na apresentação da programação da MSC Cruzeiros para o Inverno 2022-2023 e para o verão de 2023, Eduardo Cabrita respondendo a uma questão colocada pelo Turisver, recordou que quando a companhia abriu escritórios em Portugal “o nosso foco eram os cruzeiros com partida e chegada a determinado local” mas em breves anos se chegaria à conclusão de que
“se não nos tornássemos “tour operador”, contratando diretamente com as companhias aéreas, com os hotéis e com os transferes, dificilmente poderíamos ter um crescimento muito mais acentuado”.
Daí a aposta que foi feita no produto “cruise & flight”, produto que permite aos agentes de viagens preocuparem-se apenas com as vendas “porque dos problemas operacionais tratamos nós”. O produto demonstrou ser um sucesso, tanto que “em 2019 o chamado cruise & flight, em que englobamos tudo, teve um peso muito próximo dos 50%, o que é substancialmente forte”, sublinhou Eduardo Cabrita.
O responsável apontou até algumas das razões que levaram ao sucesso deste produto: “uma coisa é fazer um cruzeiro na Europa, onde as pessoas se sentem minimamente seguras para reservar o avião, fazer a viagem e chegar ao porto de embarque, outra coisa é fazer um cruzeiro no Egito, no Dubai, no Qatar ou noutros destinos, não porque não sejam destinos seguros mas porque as estão fora da sua zona de conforto”, pelo que preferem “fazer o voo e os transferes connosco”.
Hoje, a companhia evoluir já para uma terceira fase que é a do “stay & cruise” que permite que a pessoa escolha o que quer fazer, quantas noites quer ficar num hotel antes do embarque, segundo o diretor-geral da MSC Cruzeiros em Portugal, este é um produto que, nos próximos anos, “estará presente em cada vez mais destinos onde o navio vai estar. Neste momento temos quatro ou cinco destinos mas prevemos que nos próximos três ou quatro meses tenhamos 12 ou 14 destinos, e vamos aumentar. Neste caso, contratamos o hotel, o transfere, temos o cruzeiro e permitimos que a pessoa contrate o avião da melhor forma que quiser em termos de data e de horário: se quiser ir quatro dias antes do cruzeiro, poderá ir”, explicou.
Lisboa, é um dos pontos que está a ser desenvolvido em termos do produto “stay & cruise”. “Não será dos principais porque vamos começar por locais como Veneza, Cairo, Barcelona, Copenhaga, Miami, mas Lisboa é dos portos que vai ser incluído”, garantiu Eduardo Cabrita, lembrando que “a MSC abriu a capacidade de entrarem pessoas nos portos portugueses em 2018 e 2019 e tem-se notado que há cada vez mais pessoas, em especial americanos, a começar cruzeiros em Lisboa. Penso que é uma grande mais valia para o turismo em Portugal porque permite que haja uma nova entrada de turistas que não existia antes. É quase um stop-over das companhias aéreas, aplicado aos cruzeiros”.
Relativamente ao acréscimo de preços que o produto “stay & cruise” representam, e respondendo ainda ao Turisver, Eduardo Cabrita afirmou que também é comissionável aos agentes de viagens: “Tudo aquilo que nós temos é sempre comissionável ao agente de viagens e o “stay & cruise” também o é”, garantiu.