Convenção da Airmet na Ilha Terceira “é o reconhecimento do potencial do turismo nos Açores”
A afirmação foi proferida por Berta Cabral, secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores, na sessão de abertura da 20.ª Convenção da Airmet, que decorre até domingo em Angra do Heroísmo, reunindo cerca de 450 agentes de viagens.
Na sua intervenção, Berta Cabral sublinhou que, para os Açores “é fundamental o papel desempenhado pelas agências de viagens (…) para podermos chegar a todo lado, porque, de modo algum, nem as entidades oficiais, nem os clientes chegariam até nós, se não houvesse esse intermediário fortíssimo, que é a rede, a capitalidade das agências de viagens”.
A escolha dos Açores para realização desta convenção é, também, segundo a governante açoriana, “a prova cabal de que a nossa região oferece condições de grande qualidade no segmento do Meeting and Incentives”, um segmento “muito importante para nós, que nós temos abordado muito, porque é fundamental para a mitigação da sazonalidade e de dispersão dos fluxos turísticos por todas as ilhas”.
Sublinhando que, nos últimos anos, o turismo nos Açores tem evoluído “de forma notável”, Berta Cabral sustentou que agora há o “estimulante desafio de gerir o sucesso num destino que ainda tem muito para crescer e desenvolver”, tendo afirmado que “ultrapassámos desafios, investimos na qualidade da nossa oferta e estamos a colher os frutos de uma estratégia de desenvolvimento sustentável, sempre com uma visão de futuro e prosperidade”.
A governante salientou, também o facto de 2024 estar a ser “o “ano de Ouro” no turismo dos Açores, afirmando indelevelmente a Região como um destino de referência internacional” o que, frisou, demonstra o “compromisso com o desenvolvimento das ilhas, do turismo e das comunidades”.
A propósito, a governante açoriana recordou que em 2023 “crescemos 15% nas dormidas e 24% nas receitas, nos proveitos da hotelaria” e que em “em 2024 já estamos novamente com crescimentos da ordem dos 11% [nas dormidas] até setembro e com o crescimento das receitas a 18%”. Números que entende serem “um indicador de que a sustentabilidade está mesmo sempre presente. Quando se cresce muito mais em proveitos do que em quantidade, nós estamos exatamente a dizer que queremos qualidade e não necessariamente números de pessoas”, afirmou.
Ainda assim, sustentou que “mais do que números, estes resultados traduzem-se num turismo que beneficia as nossas comunidades, gera emprego, promove o investimento e valoriza o nosso património natural e cultural”.
Sublinhando que hoje, os Açores são reconhecidos, nacional e internacionalmente como destino de excelência, o que só foi possível, “graças ao esforço conjunto de todos aqueles que acreditam no potencial do turismo nos Açores e trabalham para fazer mais e melhor”, Berta Cabral defendeu que “este sucesso também nos traz a responsabilidade de continuar a desenvolver proactivamente a oferta turística, trabalhando para elevar a estruturação, a qualidade e a consistência da experiência e dos serviços que colocamos à disposição dos turistas”.
“Temos, neste aspeto, um rumo claro onde a nossa Natureza – em terra ou em mar – e a nossa Natureza Humana se destacam como pedras angulares da nossa estratégia de valorização do território”, prosseguiu Berta Cabral, apontando o Turismo de Natureza como um “produto prioritário, ancorado em recursos naturais inigualáveis”, mas também disse que “o Turismo Cultural assume cada vez mais protagonismo na estratégia, reforçando o papel da Natureza Humana e da genuinidade na valorização dos Açores enquanto destino de eleição”.
Reforçando a ideia de que os Açores são 9 ilhas e que o Governo Regional está empenhado em que o turismo se desenvolva em todas elas e durante todo o ano, Berta Cabral terminaria lançando um desafio à Airmet e a todos os agentes de viagens presentes: dizerem aos seus clientes que os Açores são “um destino de excelência” e “com uma proposta de valor diferenciada durante todo o ano e em todas as ilhas”.
O Turisver viajou para os Açores a convite da Airmet