Conflito Israel-Hamas retarda a recuperação das viagens aéreas em todo o mundo
O recente conflito Israel-Hamas teve um impacto negativo não só nos voos de e para o Médio Oriente, mas também causou um abrandamento global na indústria da aviação, concluiu um relatório da empresa de análise de viagens ForwardKeys, publicado esta sexta-feira, 10 de novembro.
De acordo com a sua análise, as reservas de voos diminuíram 5 pontos percentuais (p.p.) nas três semanas que se seguiram ao ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, quando comparadas com os níveis pré-pandemia. O estudo comparou as reservas de voos durante as três semanas anteriores a 7 de outubro com aquelas que tinham sido efetuadas durante o mesmo período após o ataque.
O estudo concluiu que as reservas de voos provenientes dos países do Médio Oriente diminuíram 9 p.p. desde o início da guerra. Nas Américas, desaceleraram 10 p.p., enquanto nas regiões da Ásia-Pacífico, Europa (incluindo Israel) e África desaceleraram 2 p.p.
“O crescimento das reservas para todas as regiões do mundo abrandou, com exceção de África, que continuou a recuperar (…). As reservas de voos para as Américas diminuíram 6 p.p., para a Europa 3 p.p., para a Ásia-Pacífico 1 p.p. e para o Médio Oriente em 26 p.p.”. avança o relatório.
Na região afetada pelo conflito Israel-Hamas, Israel foi o destino mais afetado, com muitas companhias aéreas a cancelarem voos, levando a que, no período desde 7 de outubro até três semanas após o eclodir do conflito, as reservas de voos tenham 155 p.p..
Em matéria de quebras, seguiu-se a Arábia Saudita, com – 67 p.p., a Jordânia, com queda de 54. p.p., o Líbano, – 45 p.p., e o Egito, com uma diminuição de 35 p.p.
“A partir de 6 de outubro, as reservas mostravam que as viagens aéreas globais no último trimestre do ano, o quarto trimestre, atingiriam 95% do seu nível de 2019, mas, a partir de 27 de outubro, a perspetiva caiu 7 p.p. e está em 88%. A mudança equivalente nas perspetivas para o Médio Oriente é muito mais preocupante, recuando 16 p.p. para 110%, de 126%, antes do início da guerra”, comentou Olivier Ponti, vice-presidente de Insights da ForwardKeys, acrescentando ser “inevitável” que o conflito “dissuada as pessoas de viajar para a região, mas também prejudicou a confiança dos consumidores em viajar para outros lugares”.