Com várias partidas já esgotadas, Solférias tenta aumentar capacidade nos charters, assume Sónia Regateiro

Em Lisboa, no encerramento do roadshow em que a Solférias apresentou aos agentes de viagens a sua programação para o verão, Sónia Regateiro, diretora de operações, avançou que as vendas estão a decorrer muito bem, estando 59% acima do verificado na mesma época de 2023. Disse, também, que 2024 não traz grandes novidades e que ao nível da programação charter será mais um ano de consolidação.
A Solférias terminou na segunda-feira, 26 de fevereiro, em Lisboa, mais uma edição do seu roadshow de apresentação da programação de verão, que visitou também as cidades do Porto e de Coimbra, seguindo um formato semelhante ao estreado o ano passado pelo operador. Um evento que foi também uma festa em ambiente imersivo e que em Lisboa contou com a presença de cerca de 470 pessoas.


Em conversa com os jornalistas, à margem do evento, Sónia Regateiro, diretora de operações da Solférias, começou por dizer que em termos de charters “não temos grandes novidades” e que após o lançamento de Zanzibar, em 2023, e do Senegal no ano anterior, 2024 será “um ano de consolidação da operação charter”, até porque “o aeroporto de Lisboa não nos permite lançar grandes novidades em charter”. Por isso, a expansão, ao nível do produto, assenta nos voos regulares.
Neste âmbito, foi relançado o destino Moçambique e abertos mais destinos na Ásia, como Vietname, Camboja, Laos, Polinésia Francesa e reabertas as vendas para os EUA. Ou seja, as novidades para este ano têm residido na “reabertura de destinos em voos regulares, pelas limitações que temos no Aeroporto de Lisboa”, frisou.
Vendas estão “59% acima” do ano passado
Questionada sobre a evolução das vendas, Sónia Regateiro adiantou que comparando com o período homólogo de 2023 “estamos 59% acima”, isto sem contar com a BTL que traz sempre um volume de vendas significativo. Avançou também que “o Lisboa-Djerba está esgotado” e que “há partidas do Porto-Senegal em agosto que também estão esgotadas”. Por isso, o operador está a “fazer todos os esforços para lançar mais novidades na BTL, ao nível do aumento das capacidades” nos voos charter.


Relativamente aos destinos mais procurados, a diretora de operações da Solférias referiu que ó top de vendas nunca muda muito, integrando sempre Cabo Verde, Disney, Tunísia e Senegal.
Destino que também está a “correr muito bem” é Zanzibar que está com uma procura “superior ao ano passado”, até porque, justificou, “o ano passado, os agentes de viagens não acreditavam muito na operação” mas “este ano os agentes estão muito mais confiantes a vender a operação. Além disso, sendo um voo direto de longa distância, os clientes podem desfrutar de oito dias completos no destino, já que o voo chega na segunda-feira de manhã e só sai na segunda-feira à noite”.
Preços subiram 6% a 10% face a 2023
Respondendo a uma questão relativa à dimensão da oferta charter da Solférias para este, a responsável afirmou que ultrapassa “de longe” a que o operador lançou o ano passado no mercado, sendo “a maior operação charter de sempre”. A propósito lamentou que “se o Aeroporto de Lisboa deixasse seria maior ainda, porque o que sentimos é um estrangulamento gigante de crescimento – não conseguimos crescer”.
Por via das dificuldades aeroportuárias, há mesmo operações que ainda aguardam confirmação, caso do Egito à partida de Lisboa. No caso da operação para o Porto Santo “vai haver mexidas” porque “não conseguimos slots ao domingo e tivemos que o mudar para a segunda-feira”. Já para Cabo Verde e Zanzibar, os slots já estão confirmados. Sobre este tema, Sónia Regateiro adiantou que “em termos de slots, aguardamos na próxima semana ter tudo fechado”.



Relativamente aos preços, a responsável admitiu que “do ano passado para este ano aumentaram em média entre 6% e 10%”, sendo que parte deste aumento reflete a inflação.
Ainda sobre a programação, Sónia Regateiro referiu-se à aposta nas ilhas espanholas: “Sempre trabalhámos muito a Gran Canária, até por causa da nossa marca Solférias Madeira. Agora, temos estado a aumentar a nossa programação, quer para a Gran Canária quer também para as Baleares”, com base nos voos regulares da TAP, em que o operador tem allotment.