Com uma taxa de ocupação de 81% e 172€ de preço médio, hotelaria teve um bom verão

A hotelaria dos Açores, Madeira e Algarve esteve em destaque este verão, pela taxa de ocupação, nos dois primeiros casos, e pelo preço médio, no segundo, mas os resultados positivos aconteceram em todas as regiões do país, com 54% dos inquiridos a considerarem ter conseguido resultados melhores ou muito melhores do que no verão passado. Os dados são do inquérito da AHP.
Com a taxa de ocupação média dos hotéis, de junho a setembro, a fixar-se nos 81%, o destaque, neste indicador, foi para as regiões dos Açores e da Madeira, que alcançaram 91%. Seguiram-se o Algarve, com 85%, a Grande Lisboa e Península de Setúbal, com 84%, o Norte com ocupação de 76%, o Alentejo com 72%, o Oeste e Vale do Tejo com 70% e, por fim, a região Centro, onde a ocupação média se fixou nos 62%.
Quanto ao preço médio, que em termos nacionais se fixou nos 172€ a nível nacional, o campeão foi o Algarve, que alcançou os com 227€, seguido do Alentejo com 195€ e da Grande Lisboa, com 193 euros€. O preço médio mais baixo no cumulado do verão (junho a setembro) verificou-se no Oeste e Vale do Tejo, com 106€.
A estada média dos turistas foi de 3,1 noites a nível nacional, tendo as regiões da Madeira e do Algarve liderado, com 5,4 noites e 4,8 noites, respetivamente, seguindo-se os Açores, com 3,4 noites. A estada média mais baixa verificou-se no Oeste e Vale do Tejo, onde se cifrou em duas noites.
Os dados foram revelados esta terça-feira pela Associação da Hotelaria de Portugal, que apresentou os resultados do seu inquérito aos hoteleiros sobre o verão de 2024.
Maioria dos hoteleiros considera que os valores deste verão são iguais ou superiores aos do verão passado
Questionados sobre as taxas de ocupação verificadas este verão, em comparação com o ano passado, 79% dos inquiridos do Algarve, afirmaram que foi melhor ou muito melhor que no verão homólogo. A mesma opinião foi partilhada por 65% dos inquiridos do Alentejo, 60% dos inquiridos dos Açores, 59% do Centro e 58% da Madeira.
Na Península de Setúbal, metade dos hoteleiros inquiridos considerou que a taxa de ocupação foi melhor ou muito melhor, percentagem que desce para 45% na Grande Lisboa e para 42% no Norte.
De acordo com os resultados do inquérito, na região do Oeste e Vale do Tejo, as opiniões estão mais divididas: 46% considera que a ocupação foi melhor ou muito melhor e 42% considera que foi pior ou muito pior.

No que se refere ao preço médio, todos os inquiridos da Madeira e 99% dos inquiridos dos Açores consideraram que o ARR no verão de 2024 foi melhor ou muito melhor do que o do verão de 2023. Já no Algarve, a percentagem de inquiridos com a mesma opinião foi 83%.
Nas regiões Centro e Alentejo, 72% dos inquiridos verificou um ARR melhor ou muito melhor. Na Península de Setúbal a percentagem foi de 68% e na Grande Lisboa foi de 67%. Já no Norte, a percentagem foi de 59%.No Oeste e Vale do Tejo, 57% achou que foi melhor ou muito melhor, mas 39% acha que foi pior ou muito pior.
Quando questionados sobre os proveitos totais, 99% dos inquiridos da Madeira e 97% dos inquiridos dos Açores, afirmaram terem sido melhores ou muito melhores que em 2023. No Algarve, esta percentagem foi de 89%, na Península de Setúbal foi de 75%, no Norte de 72% e na Grande Lisboa de 71%.
Na região Centro, 65% dos inquiridos notou Proveitos Totais melhores ou muito melhores, enquanto no Oeste e Vale do Tejo a percentagem desde para 58%, com 36% dos inquiridos a classificar os Proveitos Totais como piores ou muito piores.
Na apresentação dos resultados do inquérito sobre o verão na hotelaria, a vice-presidente da AHP sublinhou a performance registada na segunda quinzena do mês de setembro, que considerou ter sido “impulsionada pela realização de “grandes eventos internacionais que ajudaram a impulsionar os resultados de ocupação e preço”.

No que se refere aos canais de reserva, a associação apontou a “dominância das plataformas ‘online'”, com a Booking a ser mencionada por 96% dos inquiridos, seguindo-se os ‘websites’ próprios (78%) e as agências de viagens (43%).
Com uma margem de erro de 4,89%, o inquérito da AHP foi realizado entre os dias 1 e 14 de outubro junto de 343 empreendimentos turísticos associados.