Com ocupação estável e aumento no preço médio hotelaria faz balanço positivo do verão
Na hotelaria nacional os 4 meses do Verão (junho a setembro) fecharam com uma taxa de ocupação idêntica à do Verão de 2024, de 81%, mas com uma “subida ligeira no preço médio para 161€”. Os dados, revelados esta quarta-feira, são do inquérito efetuado pela AHP.
No global do país, os quatro meses de verão (junho a setembro) foram positivos para a hotelaria, com 70% dos inquiridos pela Associação da Hotelaria de Portugal a considerarem que, ao nível dos proveitos, o verão foi “melhor ou muito melhor” do que o de 2024.
As melhores performances nos “Proveitos Totais” verificaram-se na Madeira e no Algarve, com 97% e 95% dos inquiridos, respetivamente, a indicarem que tiveram resultados superiores aos do ano anterior.
Em sentido contrário, registaram-se abrandamentos nas regiões do Centro, Lisboa e Oeste e Vale do Tejo, onde uma parte significativa dos hoteleiros referiu proveitos “Piores” ou “Muito Piores”, face a 2024, com destaque para 50% dos inquiridos da região do Oeste e Vale do Tejo a apontar neste sentido.
Elaborado pelo seu Gabinete de Estudos e Estatísticas da AHP com base na participação de cerca de 400 estabelecimentos hoteleiros, o Inquérito “Balanço Verão & Perspetivas Outono 2025”, revela que os meses de verão trouxeram um desempenho estável para a hotelaria ao nível da Taxa de Ocupação que no todo nacional registou uma média de 81%, mesmo valor face ao ano anterior, enquanto o preço médio (ARR) aumentou de 158€ em 2024 para 161€ este ano.
“De junho a setembro, os resultados confirmam a robustez da hotelaria nacional, com especial destaque para a Madeira, Algarve e Lisboa, que atingiram ocupações médias acima dos 85% e aumentos expressivos de preço, face a 2024, exceto em Lisboa (que manteve o preço)”, sublinha a AHP.
Se ao nível do preço médio a “estrela” do verão foi o Algarve, com 206 euros (mais 6%) para uma TO de 88%, já ao nível da taxa de ocupação a “estrela” foi a Madeira, que atingiu os 91%, com um preço médio de 173€ (+7%). Lisboa, foi outro dos destaques nos quatro meses de verão, atingindo uma ocupação média de 86% e um preço médio de 176€ (o mesmo do verão passado).
Ainda no cômputo nacional, saliente-se que o preço médio aumentou em todas as regiões, à exceção de Lisboa, e que as taxas de ocupação apenas desceram no Centro (-4pp para 56%) e nos Açores (-4pp para 86%), com a Península de Setúbal e o Alentejo a manterem-se estáveis face ao ano passado.
Agosto continuou a ser o mês “estrela” em ocupação e RevPAR
Contas feitas, Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP comenta que o verão para a hotelaria nacional ficou “marcado por um crescimento moderado ou mesmo uma desaceleração na maioria do país, com algumas estagnações na Grande Lisboa e na Península de Setúbal, com algumas quedas nos Açores e no Centro, e com o Algarve e a Madeira muito fortes”.
Sem surpresas, entre os quatro meses de verão, agosto foi o que registou melhor desempenho, quer em TO, quer em Preço Médio por quarto disponível (RevPAR), na maioria das regiões do país, apesar de Lisboa e Madeira terem registado o seu pico de desempenho em setembro, tanto ao nível da ocupação como do preço médio.
Os principais mercados emissores durante os meses de verão foram Portugal, apontado por 81% dos inquiridos como estando no TOP3, seguido do Reino Unido, para 55%, EUA, para 45%, Espanha, para 39% e Alemanha, para 31%, destacando-se assim a importância do mercado interno.
Quanto aos canais de reserva, a Booking mantém a liderança para 96% dos inquiridos, com 78% a indicar os websites próprios dos hotéis e 40% a Expedia. Em quarto lugar aparecem as agências de viagens, referidas por 35% dos inquiridos, o que levou Cristina Siza Vieira a referir que “as agências de viagens tinham um significado maior, para 44%, e estavam nos três principais canais. Neste momento, desceram para 35%”, protagonizando “a descida mais acentuada no período” em termos dos canais de reservas.


