Com foco nos eventos Pedro Machado faz balanço de mandato no Congresso da APECATE

Na intervenção proferida na abertura do 13º Congresso da APECATE, que decorre na Ilha Terceira, Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo em exercício, partilhou as ações que estavam a ser desenvolvidas pelo governo e que mais diretamente respeitavam às atividades englobadas na APECATE: a animação turística, os congressos e os eventos.
Em jeito de balanço de mandato, Pedro Machado começou a enumeração das ações desenvolvidas, pela revisão e a reforço das linhas de apoio ao turismo que considerou “relevantes” para as empresas das áreas representadas pela APECATE porque, afirmou, “a construção do produto, em muitos casos, é responsável pelo aumento da procura”.
Ao nível dos congressos e dos eventos, recordou que o seu governo reforçou em 20 milhões de euros o programa Portugal Events “praticamente mais do dobro daquilo que era a dotação orçamental que o programa já tinha” porque “queremos que Portugal seja cada vez mais relevante na captação dos grandes eventos internacionais”, justificou, frisando que Portugal tem “uma série de indicadores
que permitem que se alavanque e capte cada vez mais grandes eventos internacionais, naturalmente com a preocupação da sua distribuição territorial”, por forma a reforçar a Marca Portugal.
Continuando o balanço do que foi feito ao nível do apoio à área dos eventos, Pedro Machado referiu a criação da “derivada de aproximarmos o capital da decisão”, tendo particularizado “o envelope financeiro” das Entidades Regionais de Turismo, introduzindo a possibilidade de “terem uma dotação financeira na ordem dos 400 mil euros por ano, para poderem selecionar e apoiar eventos que do nosso ponto de vista não devem estar na gaveta dos grandes eventos da marca, ou pelo menos da chancela de turismo de Portugal” dando-lhes a “capacidade de escolherem os eventos que local e regionalmente são mais relevantes, em função dos instrumentos financeiros disponíveis” e reforçando o quando se trate de eventos acima de 1 milhão de euros.
Para o governante, esta cooperação estratégica com quem constrói o destino é facilitadora para a APECATE já que “é mais fácil falar individualmente com cada um dos responsáveis regionais, do que estar sempre na sacrossanta peregrinação de ir para 5 de outubro para o Turismo”.
Referiu também o reforço da Linha da Qualificação da Oferta para operações até 3 milhões de euros, para permitir investimentos em todo o território nacional, no sentido de a capacidade instalada se tornar cada vez mais atrativa para os que nos visitam: “Estamos a construir todas as condições para aumentar a atratividade e a competitividade”, afirmou, apontando também as condições criadas para mitigação das alterações climáticas, do reforço dos instrumentos financeiros da economia circular
Falou também dos indicadores turísticos já disponíveis para os primeiros meses de este ano, frisando que tudo aponta para que 2025 volte a ser “um ano extraordinário” a não ser que “fatores que não dominamos” possam ter implicações negativas, nomeadamente ao nível de “um dos nossos mercados emissores mais relevantes”, os Estados Unidos, o que, disse, está já a ser monitorizado.
O Turisver viajou para a Ilha Terceira a convite da APECATE