Carlos Moedas exige eletrificação do terminal de cruzeiros e pagamento da taxa turística
Na terça feira, em reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, Carlos Moedas exigiu que a Administração do Porto de Lisboa (APL) eletrifique o terminal de cruzeiros e que o diferendo sobre o pagamento da taxa turística pelos passageiros de cruzeiros seja solucionado.
“Os barcos não podem estar atracados com os motores ligados com energias fósseis”, afirmou o presidente da Câmara de Lisboa que, referindo-se à eletrificação do terminal de cruzeiros exigiu que a obra, que não é da responsabilidade da autarquia mas da Administração do Porto de Lisboa, seja feita. “Essa obra tem de ser feita. Essa obra não depende da Câmara Municipal. O Porto de Lisboa tem de a fazer. Exijo que seja feita, porque os barcos não podem estar atracados com os motores ligados com energias fósseis, tem de ser feito através de uma atracagem que tenha energia elétrica e só energia elétrica”, vincou o autarca.
Moedas disse que nas reuniões que tem tido com a APL tem exigido a eletrificação do terminal de cruzeiros, obra que tem de ser feita entre o Beato e toda a zona de Santa Apolónia.
O presidente da autarquia alfacinha informou ainda que está a trabalhar para que seja resolvido o diferendo em relação à pretensão da Câmara de que “os cruzeiros que atracam em Lisboa têm de pagar a taxa turística”, medida que devia ter sido aplicada desde logo, mas “isso nunca aconteceu”.
Recorde-se que já em Janeiro deste ano, também em reunião da Assembleia Municipal, o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia tinha abordado o tema da taxa turística sobre os cruzeiristas, tendo afirmado que a cobrança da taxa turística aos passageiros que desembarcam em navios cruzeiros “tem sido uma negociação difícil”, apesar de estar prevista em regulamento desde que a referida taxa foi criada.
Na altura, Anacoreta Correia já tinha dito ser “inaceitável e incompreensível que os passageiros dos navios de cruzeiro não paguem a taxa turística, como está prevista, e, portanto, é uma matéria em relação à qual nós não abdicaremos e também esperamos que em breve, no decurso do primeiro semestre deste ano, seja concretizada”, o que até agora ainda não aconteceu.
Na cidade de Lisboa, a taxa turística começou a ser aplicada em janeiro de 2016 sobre as dormidas de turistas nacionais (incluindo lisboetas) e estrangeiros nas unidades hoteleiras ou de alojamento local. Inicialmente era de um euro por noite, mas a partir de janeiro de 2019 aumentou para dois euros.