Câmara de Lisboa aprova 3 novas unidades hoteleiras: Hotel no antigo Convento da Graça já tem “luz verde” do município
O projeto a realizar no antigo Convento da Graça foi apresentado pela empresa Aziriver – Empreendimentos Turísticos, que venceu o concurso do programa REVIVE, com o contrato de concessão a ser assinado em dezembro de 2019. Além desta unidade, situada na freguesia de São Vicente, a autarquia aprovou na sexta-feira outros dois hotéis, em Arroios.
Em reunião privada do executivo municipal, realizada na sexta-feira, 27 de julho, a Câmara de Lisboa aprovou projetos para três novos hotéis, um no antigo Convento de Nossa Senhora da Graça, na freguesia de São Vicente, e dois em Arroios.
O projeto para o antigo Convento da Graça / Quartel da Graça, foi apresentado pela empresa Aziriver – Empreendimentos Turísticos, no âmbito do projeto “REVIVE, Reabilitação, Património e Turismo”, na qualidade de concessionária do imóvel, pretendendo o licenciamento de uma obra de ampliação com demolição, para a construção de um hotel.
Recorde-se que o concurso para a concessão de exploração do Quartel da Graça, em Lisboa, com vista à realização de obras, incluindo de infraestruturas, e posterior exploração para fins turísticos como estabelecimento hoteleiro de 5 estrelas, foi lançado no dia 4 de fevereiro de 2019, tendo sido dos concursos mais concorridos lançados no âmbito do programa REVIVE, apesar de na altura estar estimado que o investimento de recuperação do imóvel rondaria os 30 milhões de euros.
A proposta vencedora foi a apresentada por um Consórcio constituído pelas empresas Aziriver, Lda., Património Crescente, SA, Azilis, SA e Sesimbrotel, SA (Grupo SANA), com o contrato de concessão a ter sido assinado no dia 17 de dezembro de 2019. Na altura estava previsto que o início da exploração hoteleira acontecesse em finais de 2022.
No entanto, em abril do ano passado, a Câmara de Lisboa e a Direção-Geral do Património Cultural notificaram o consórcio de empresas do grupo Azinor (proprietário do grupo Sana Hotels) para realizar alterações no projeto, o qual recebeu agora “luz verde” do município.
Com uma superfície de pavimento de 18.922,17 metros quadrados (m²), a proposta destina-se “ao uso turístico, com uma capacidade máxima de 262 camas fixas/utentes, distribuídas por 131 unidades de alojamento, nomeadamente 95 quartos duplos e 36 suítes, incluindo um estacionamento com 173 lugares (…) privados e 22 lugares de estacionamento público, cujo acesso se efetua pela Rua Damasceno Monteiro”, segundo se lê na proposta apresentada pela vereadora Joana Almeida.
O documento refere, também, que a edificação tem quatro pisos acima do solo e três pisos em cave, que serão ocupados por estacionamento, áreas técnicas e de serviços do hotel. Também no subsolo será instalado o Spa.
Dois novos hotéis em Arroios
Um dos hotéis na freguesia de Arroios que teve aval da autarquia situa-se no Campo dos Mártires da Pátria n.º 40-43 e Rua de Santo António dos Capuchos n.º 90-92, tendo sido apresentado pela Patriarq Investment, Unipessoal, na qualidade de proprietária do prédio.
Segundo avança a agência Lusa, em notícia já replicada em vários órgãos de comunicação, “o projeto abrange um Imóvel de Interesse Público”, mas assegura os princípios de “preservação e salvaguarda do património cultural, histórico e arquitetónico, propondo-se o restauro de elementos decorativos originais do edificado, bem como procura assegurar-se a compatibilidade dos materiais a utilizar com os sistemas construtivos tradicionais em presença”.
A proposta consiste na ampliação de um conjunto edificado para adaptação ao uso turístico, que se desenvolve em cinco pisos acima da cota de soleira, mais o aproveitamento da cobertura em sótão, e dois pisos em cave que vão incluir estacionamento, áreas técnicas e serviços do hotel
Também em Arroios foi aprovada a construção de um hotel na Rua Joaquim Bonifácio n.º 23-35, tornejando para a Rua Gomes Freire n.º 154-172, projeto apresentado pela empresa proprietária 4 Travellers. Está prevista a “demolição de dois edifícios preexistentes, destinados aos usos habitacional, terciário e turismo, e a sua substituição por um novo edifício de gaveto destinado ao uso de turismo”.
Para o novo edifício estão previstas “92 unidades de alojamento (87 quartos duplos e cinco quartos triplos)” e os 5 pisos de cave serão destinados a estacionamento áreas técnicas, áreas de serviço do hotel, compartimento para deposição de resíduos sólidos e ginásio.
Fotos: Turismo de Portugal – REVIVE