Bestravel Lousada vai abrir mais um balcão até ao fim do ano, revelou o diretor Miguel Pereira
Aberta ao público desde Dezembro de 2018, a Bestravel Lousada foi a primeira incursão dos seus sócios na atividade das viagens e turismo. Hoje, mesmo tendo em conta o período da pandemia, estão certos do passo que deram e planeiam expandir-se ainda este ano, abrindo um novo balcão, como contou ao Turisver o sócio-gerente da empresa, Miguel Pereira.
Entraram neste mundo das agências de viagens em que ano?
A nossa loja Bestravel na Lousada abriu em Dezembro de 2018, o nosso primeiro ano completo foi assim o de 2019 e logo a seguir veio o Covid. Em 2019 tivemos um ano bom de vendas, a expectativa que existia pela parte do franchisador foi superada com grande sucesso porque duplicámos o objetivo de vendas traçado inicialmente.
Já tinham estado ligados ao sector das viagens ou esta foi a vossa primeira aposta nesta área?
Só conhecíamos as viagens como turistas, tínhamos outros negócios e já tínhamos um gostinho, é claro que viemos rapidamente a verificar que ser agente de viagens não é a mesma coisa que ser turista, mas sem dúvida nenhuma que hoje sabemos que demos um passo certo.
Para além do período do Covid que foi uma época negra para toda a área das viagens, em que é que tiveram mais dificuldade?
Na primeira fase toda a formação que foi preciso ter, felizmente que desde o início tivemos muito apoio e um acompanhamento muito dinâmico por parte da rede, o que tornou as situações mais fáceis. Sentimos as dores do crescimento como é óbvio mas correu sempre tudo muito bem, mesmo durante o período da pandemia. Reinventámo-nos um bocadinho e nunca fechámos, trabalhámos sempre e até contratámos colaboradores nesse período, em contra ciclo com muitas empresas que estavam a despedir.
Como é que conseguiram isso? Tiveram apoio da master franchising?
Sim, tivemos apoio e como disse tentámos reinventarmo-nos na parte da estratégia de venda, apostámos no online, contratámos pessoas para darmos resposta e acompanhamento e as coisas foram correndo bem.
Uma das estratégias que seguimos foi a de dar soluções específicas e personalizadas ao cliente, com datas escolhidas, valores específicos, fazendo a viagem à medida muito baseados nas restrições que havia na altura, analisando os destinos e acompanhando os que iam abrindo para as viagens.
Ganho de confiança dos clientes em tempo de pandemia já dá frutos
Nesse período, apesar de serem uma agência jovem em Lousada e no setor, os clientes confiavam em que qualquer problema que ocorresse a agência responderia?
Sim porque respondemos sempre, quando tivemos de reembolsar os clientes felizmente tínhamos capacidade própria para o fazer sem recorrer ao apoio do Turismo de Portugal ou a outros apoios, a nossa equipa fez o trabalho de contactar com os clientes para os reembolsar. Este foi um passo muito importante nos meses seguintes, porque ganhámos uma confiança muito grande por parte de todos esses clientes e agora está a dar frutos.
O ano passado, a partir de Março, a pandemia estabilizou e deu-se uma corrida às agências de viagens. Como foi no vosso caso?
Sentimos e estávamos preparados para dar resposta, porque como disse reforçámos a equipa durante a pandemia, não despedimos ninguém, estávamos com a equipa completa que é constituída por sete pessoas atualmente e naquele primeiro momento em que houve muita procura conseguimos aproveitar dando uma resposta imediata às solicitações.
A vossa agência de viagens é de porta aberta diretamente para a rua?
Somos uma loja chamada de rua, na vila de Lousada, somos uns dos concelhos mais jovens da Europa, temos uma dinâmica muito grande de habitação, de cultura e de serviços e a Câmara funciona muito bem em termos da promoção de atividades o que resulta em muito movimento na vila.
Lousada está inserida numa zona industrial, com muitas fábricas. Também trabalham o segmento das empresas?
Temos algumas empresas até a nível nacional e algumas empresas locais, no entanto esse não é o nosso principal foco, nem o nosso suporte de negócio. Mas temos crescido nesta área, muito por via dos clientes que aparecem como particulares e face ao bom serviço que prestamos acabam por nos indicar a empresas a que estão ligados.
Trabalhamos com uma Ordem ligada à área da medicina em Portugal e também trabalhamos com o maior agente desportivo do futebol feminino.
“A palavra chave que dá valor a termos um bom franchisador advém de todo o apoio que nos é dado, depois no negócio em si através da contratação que é feita pelo grupo, o que nos dá para fazermos uma absorção muito melhor e mais rápida do que se fossemos independentes“Para além da importância da marca, que outras vantagens tem um franchisado da Bestravel?
A palavra chave que dá valor a termos um bom franchisador advém de todo o apoio que nos é dado, depois no negócio em si através da contratação que é feita pelo grupo, o que nos dá para fazermos uma absorção muito melhor e mais rápida do que se fossemos independentes. Como estamos inseridos num grupo que não é demasiado grande – tem perto de 50 agências de viagens – possibilita uma ligação muito forte e até entre agências do grupo conseguimos ter uma entreajuda muito positiva. As agências Bestravel não se veem como concorrentes, vêem-se mais como colegas e debaixo da mesma umbrela.
Outro aspeto importante é que quando abrimos uma agência Bestravel sabemos que vamos ter a exclusividade geográfica.
O acompanhamento que vos é dado pelo master também engloba a formação?
Temos a nossa Academia que nos dá as ferramentas e a formação técnica de procedimentos que é necessária para as sabermos potencializar. Por outro lado, na sede, está sempre um colega que nos auxilia sempre que necessitamos. Depois temos um call center que é magnífico e é uma peça fundamental no nosso dia a dia, que nos dá um apoio extraordinário.
Para além do que já falei, nós pela nossa parte na nossa agência, temos uma política de formação mais virada para o conhecimento dos destinos. Viajamos todos bastante e cada um de nós, com o conhecimento adquirido nessas viagens, passa a informação aos colegas. Além disso, também vamos a apresentações que são feitas sobre os destinos pelos operadores turísticos.
Que destinos estão a ser mais procurados este ano?
Vendemos um bocadinho de tudo, temos o segmento das grandes viagens que é um dos nossos focos, e temos o produto de operador mais baseado nos voos charter, e neste caso estamos a vender muito Caraíbas, Marrocos e Ilhas Espanholas. Um dos produtos que desde que abrimos vendemos muito bem são as nossas ilhas, a Madeira e os Açores onde apresentamos um produto nosso que fazemos com bons parceiros locais.
Já me falou que mesmo em tempos mais difíceis reforçaram a equipa da agência. Têm a perspetiva de continuar a aumentar a vossa equipa?
Temos um núcleo de pessoas na equipa que é fantástico, um grupo que nos ajuda diariamente e sem eles era impensável fazermos o trabalho que realizamos e termos o crescimento que tivemos neste espaço curto de tempo. O nosso objetivo também é esse, o de termos uma equipa satisfeita, composta por pessoas motivadas e a quem consigamos dar boas condições de trabalho.
O Miguel Pereira está a tempo inteiro na agência?
Sim, estou diariamente na agência mas temos outros negócios, mas no meu caso esta é a principal ocupação, até porque é importante perceber o negócio, perceber as dificuldades da dinâmica de funcionamento.
Estão a pensar expandir o negócio na área das viagens abrindo um novo balcão Bestravel?
Sim. Já poderia até ter acontecido mas a pandemia trocou-nos os planos. Mas vamos avançar com uma abertura durante este ano, em princípio após o verão. Nesse negócio novo pensamos dar uma percentagem nos lucros às funcionárias que temos agora porque também elas serão o motor da nova agência. Agora será mais fácil face ao conhecimento já adquirido.
Estamos entusiasmados com o novo projeto e com as vendas que estamos a ter porque já quase duplicámos as vendas de 2022, no mesmo período de tempo.
