Balanço do segundo dia da BTL: “Somos um povo solidário que acredita”
Sem pompa nem circunstância – nem podia ter -, a iniciativa da APAVT, de promover uma conferência de imprensa no centro do seu stand, com a Embaixadora da Ucrânia no nosso país, Inna Ohnivets, foi o ponto alto do segundo dia da Bolsa de Turismo de Lisboa.
Mais do que salientar a guerra, a APAVT deixou bem vincado que o Turismo é a Indústria da Paz. O gesto simples de abrir o seu stand para que a Ucrânia possa, sempre que assim o entenda, marcar presença na BTL, sem qualquer encargo, foi um gesto de como se pode ser muito solidário com uma simples atitude.
A Embaixadora realçou o que o seu país tem de mais emblemático para o turismo, o seu património reconhecido pela UNESCO, e as suas belezas naturais, com uma serenidade que parecia não ser a representante de um país barbaramente invadido. A APAVT mobilizou um conjunto de meios de comunicação que só a presença de Marcelo Rebelo de Sousa tinha conseguido nesta BTL. Ali estiveram todas as televisões, rádios, meios da imprensa escrita generalista e, obviamente, os meios de comunicação do setor turístico, demonstrando que quando se quer conseguem atingir-se objetivos. Neste caso, o objetivo era o de demonstrar solidariedade para com o povo ucraniano.
Como ontem tinha sido escrito no artigo do “Balanço do Primeiro dia da BTL”, era esperado que o segundo dia feira, quinta feira, fosse mais forte em termos de visitantes profissionais como era habitual neste evento. As expectativas confirmaram-se, o segundo dia do evento teve mais profissionais, em determinadas horas do dia alguns dos pavilhões concentravam centenas de pessoas, a feira ganhou ritmo e algum frenesim como aquele que se deseja que aconteça ao ano turístico em Portugal.
Sempre foi afirmado por muitos profissionais que a Bolsa de Turismo de Lisboa refletia quase sempre o que se estava a passar nesta atividade económica, e se este segundo dia de BTL foro espelho dessa afirmação, então poderemos estar no caminho certo, no caminho de dias melhores para o setor.
No entanto, neste segundo dia da BTL, nem tudo foi de “vento em popa”. Se os negócios entre, os players do mercado portugueses já se fizeram sentir, também veio a confirmação de que os parceiros de negócio internacionais que vieram à nossa feira são em número muito reduzido. A esta situação pode juntar-se a praticamente inexistente presença de jornalistas estrangeiros, o que vai por certo atrasar a ideia de uma feira falada lá fora, que poderia internacionalizar as próximas edições.
Amanhã, sexta feira, teremos o terceiro e último dia da BTL em versão só para profissionais Depois, ao fim da tarde, a abertura do evento ao público, que se prolongará pelo fim de semana. A expectativa é grande quanto à presença do público, mas a BTL tem sido falada e, se o tempo ajudar, pode ser que venhamos a ter dias de muito sucesso de visitantes.


