Balanço da BTL: Está boa e recomenda-se
Chegou ao fim a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) de 2002. Alguns elementos da organização afirmam que esta edição terá sido a melhor de sempre, mas se foi ou não isso pouco importa, o que realmente interessa é que a feira trouxe “uma alma nova” e uma disposição acrescida para fazermos deste ano turístico um ano de crescimento.
A BTL é um “dois em um” como dizia um anúncio a champôs. Até sexta feira ao final da tarde era um evento totalmente dedicado e fechado ao trade, e o setor do turismo disse presente, deixando claro que quer esta feira por muitos e bons anos, quer que ela se reforce e se torne mais internacional, quer que continue a ser o maior evento do turismo português. O “dois” do dito champô, é o fim de semana em que a BTL se ia abrir ao publico e o trade poderia aferir o interesse do cliente final em viajar e fazer férias este ano.
Não foi tudo como desejado, mas foi muito e muito bom para levantar a moral e a auto estima a todos. Muitas empresas ainda não recuperaram destes dois últimos anos de subfacturação pelo efeito pandémico, estando ainda muito descapitalizadas e impossibilitadas de participar em grandes eventos promocionais, com os custos que eles acarretam, até porque o investimento não é apenas o do alugar do espaço, vai muito mais além como sabemos.
Talvez por isso o espaço das empresas tivesse sido muito inferior ao ocupado pelo setor público, que preencheu o pavilhão 1 e 2 da BTL, sendo que o pavilhão 4 era em parte ocupado pelos expositores de regiões e países internacionais. Tivemos assim muitas empresas que este ano não tiveram um stand promocional como gostariam – ou não estiveram presentes ou estiveram com um espaço menor -, mas que num futuro irão marcar uma presença mais relevante, e este é um dado positivo para a BTL 2023 e seguintes.
Os números oficiais que a BTL irá divulgar serão os credíveis e irrefutáveis, mas a ideia já escrita nos balanços que fomos fazendo e que nos foi transmitida pelos expositores, é que terá havido menos profissionais vindos de fora da grande Lisboa e uma escassez de players estrangeiros a percorrerem os stands.
No artigo que publicámos no Turisver sobre o balanço do segundo dia da feira, afirmámos que “a expectativa é grande quanto à presença do público” referindo-nos ao fim de semana, aos dias dedicados ao público e, claro, à venda de viagens e férias. Deixámos a ideia de que a organização se esforçou para atrair visitantes e para que os expositores colocassem produto à venda.
Se quanto ao produto para a venda direta já se deu alguns passos, existe ainda muito trabalho a fazer, em especial na área hoteleira, ao nível da sensibilização dos expositores para aderirem a esta ideia. Já quanto ao público que veio á BTL, e ao volume de vendas realizadas pelos expositores que tinham produto, com destaque para as agências de viagens, a organização pode estar feliz: não se terão atingido os tempos áureos de 2019, mas face à situação que se vive o resultado foi muito positivo.
Se no nosso primeiro artigo de balanço diário da BTL, elegíamos como destaque a abertura das portas da feira e os rostos dos profissionais do setor, neste último artigo não podemos deixar de destacar a equipa que organizou a BTL 2022 e todos os profissionais do setor que apostaram neste evento.