Bain & Company: Companhias aéreas low cost vão representar 48% dos voos de curta distância até 2030
As companhias aéreas low cost continuam a aumentar a sua quota de mercado, prevendo-se que atinjam uma quota de mercado de 48% nos voos de curta distância até 2030. Quem o afirma é a Bain & Company, acrescentando que grande parte da expansão acontecerá na Europa e na Ásia (China e Índia).
Em maio de 2020, a empresa começou a fazer previsões regulares sobre a forma como a procura na aviação recuperaria dos efeitos da Covid-19 no seu ‘Air Travel Forecast to 2030’. Desde aí, esta análise infográfica evoluiu para ter em conta outros fatores decisivos neste contexto: crescimento macroeconómico, rendimento disponível e custos da mitigação de carbono (CO2).
Segundo a mesma fonte, a procura de viagens aéreas “continua no bom caminho para ultrapassar este ano o total de 2019, medida pela receita de passageiros/quilómetros” (imagem 1).
Entretanto, as perspetivas para 2030 permanecem relativamente inalteradas face ao trimestre anterior. Porém, vários fatores contribuíram para alterações significativas nas previsões para regiões e países específicos (imagens 2 e 3).
O desempenho mais fraco do que o esperado no trimestre anterior e uma queda nas previsões macroeconómicas reduziram as perspetivas de procura até 2030 para viagens intrarregionais na América do Norte em mais de 2 pontos percentuais (p.p.). Isto equivale a uma redução na receita de 3 mil milhões de dólares nas yields de 2023.
As perspetivas de procura intrarregional da Europa aumentaram mais de 5 p.p., o equivalente a 5 mil milhões de dólares em receitas. No entanto, numa base relativa, o modelo da Bain & Company prevê taxas de crescimento mais baixas nas viagens regionais outbound para vários dos maiores pontos de venda da Europa (Reino Unido, Alemanha e Itália) face a outros, como Espanha, Turquia e Polónia.
O impacto das iniciativas de descarbonização também é notável. Prevê-se que o crescimento das viagens intraeuropeias a partir dos países nórdicos entre 2019 e 2030 diminua consideravelmente devido ao aumento dos custos associados aos compromissos desses países no que respeita aos combustíveis para a aviação sustentáveis. A Suécia poderá inclusive assistir a um declínio no volume total anual de passageiros.
A Bain & Company continua a antecipar um crescimento significativo da procura intrarregional na Ásia, um aumento de 59% entre 2019 e 2030.