Autarca da Guarda diz que Feira Ibérica de Turismo não se realiza este ano devido a orçamento elevado
A FIT – Feira Ibérica de Turismo, na Guarda, que desde 2020(ano em que não se realizou devido ao início da pandemia Covid-19) tem vindo a ser consecutivamente adiada, volta uma vez mais a não se concretizar. O motivo? Orçamento demasiado elevado e sem garantias de financiamento, diz o autarca da região, Sérgio Costa.
O evento, que estava agendado para decorrer entre 28 de abril e 1 de maio, foi orçamentado em 1,1 milhões de euros, valor que o autarca reforçou à saída da reunião quinzenal do executivo, como sendo elevado e sem qualquer garantia de financiamento.
“Em 2019, a FIT custou aos cofres do município 750 mil euros e sem qualquer financiamento, ora este ano pedimos aos técnicos para fazer a orçamentação de tudo o que é necessário, das tendas, das infraestruturas, dos arranjos do Parque Polis Guarda depois dos danos que são feitos e de tudo o que anda à volta da Feira Ibérica do Turismo, e os orçamentos que temos validados tecnicamente já ultrapassam os 1,1 milhões de euros e nós tivemos de tomar uma decisão. Este ano não vai haver Feira Ibérica do Turismo!”, explicou Sérgio Costa, acrescentando que “sem que haja um financiamento musculado para a mesma, não podemos despender desta verba”.
O autarca, que avançou ainda que a marca da Feira Ibérica de Turismo da Guarda já está registada e que é “uma marca importante para a região”, sublinhou ainda que de momento não há “qualquer garantia se no futuro quadro de apoio do Portugal 20-30, haverá financiamento para a realização da feira”, relembrando a urgência da aplicação desta verba agora orçamentada, em obras de requalificação naquela cidade.
Sérgio Costa sublinhou que o executivo ainda equacionou realizar a FIT com outra dimensão, mas a falta de uma infraestrutura grande e fechada na Guarda, não o permite, pelo que sugere que esta tenha de ser “reequacionada no futuro, é preciso encontrar as fontes de financiamento e as parcerias necessárias para que no futuro voltemos a fazer a Feira Ibérica de Turismo”, sendo certo e sabido que a Câmara, “por si só, com a sua tesouraria, não pode despender anualmente 1,1 milhões de euros para a fazer”.