ATR teve um ano positivo apesar dos acontecimentos em Israel que segundo Artur Sousa “tiveram impacto negativo”

Apesar do impacto da guerra entre Israel e o Hamas numa das companhias aéreas que representa, a EL AL, o ano de 2023 correu “muito bem” para a ATR que começou a representar mais uma companhia aérea, a LAM. Sem querer avançar estimativas para 2024, Artur Sousa, diretor-geral da empresa frisa que o importante é o reconhecimento do mercado.
O facto de haver cada vez mais companhias aéreas a entrarem na ATR, algumas com nomes praticamente desconhecidos, o que é que representa em termos da imagem da própria ATR?
São desconhecidas porque não eram representadas pela ATR. A partir do momento em que a ATR começa a representá-las começam a ser reconhecidas pelo nosso trabalho. Nós como GSA que está no mercado há muitos anos, não andamos em busca de logótipos de companhias aéreas para preencher calendários, pelo que quando decidimos que queremos representar uma companhia fazemo-lo numa lógica de que tem que ser uma boa parceria para a ATR, para gerar revenue e para a própria companhia aérea que tem potencial para crescer no nosso mercado. Se estes pressupostos não forem cumpridos, não nos interessa a representação porque tem custos associados.
Neste momento, quantas companhias é que a ATR representa?
A ATR não tem apenas a representação de companhias aéreas, temos um broker de rent-a-car e um departamento de vistos. Em termos de companhias aéreas temos a Aeromexico, a AirArabia, a airBaltic, Air Cairo, Air Transat, EL AL, a LAM que é a nossa novidade deste ano, a Sundor, a Thai e a Royal Jordanian. Depois no rent-a-car representamos a Flexible Autos e temos um departamento de vistos para todo o mercado nacional.
Neste momento qual é a companhia mais importante dentro do vosso portefólio, em termos de valores gerados?
Todas elas são importantes e não poderia escolher nenhuma, muitas vezes isso tem a ver com a época, com os acontecimentos, mas são todas igualmente importantes dentro da ATR.
LAM com grande potencial de crescimento no mercado nacional
A LAM, como referiu, é a novidade, a vossa mais jovem representada…
A LAM é a novidade deste ano, começámos a representá-la há relativamente pouco tempo e tem um potencial enorme para crescer, a vários níveis, e estamos a fazer por isso.
O que é que falta para que esse crescimento aconteça?
Falta promovermos cada vez mais o turismo em Moçambique e fazer com que o mercado se habitue a usar o hub de Maputo como porta de entrada em vários outros destinos para onde a LAM opera.
Que companhia aérea gostava de ter na ATR que ainda não tem?
Nós ainda temos espaço para ter outras representadas e gostava de ter mais algumas mas não vou dizer quais. É verdade que nós já temos muitas companhias aéreas e isso acontece por alguma razão, porque quer as companhias aéreas quer o próprio mercado reconhecem a ATR. A ATR é constituída por uma excelente equipa e isso, como é óbvio, e valorizado ao nível das representações que temos.
A ATR pertence a um grupo. Que importância é que isso tem?
A ATR pertence ao grupo Wamos e isso não é segredo para ninguém mas nós temos excelentes relações não apenas como este grupo mas com todos os agrupamentos que estão no mercado, são todos excelentes parceiros e tratamos todos por igual.
Como é que correu 2023 para a ATR?
Correu muito bem, até outubro estava até a ser um ano acima do que estava previsto. Obviamente, os acontecimentos em Israel tiveram impacto negativo, sentiu-se uma quebra, mas mesmo assim não deixou de ser um bom ano.
Para 2024 quais são as perspetivas?
Nós já tivemos que lidar com uma pandemia, com a inflação, com a guerra, e sempre conseguimos superar as adversidades que vão acontecendo. Mais importante para nós do que falar de perspetivas é continuarmos a contar com o mercado porque o mercado sabe que pode contar connosco.