Assembleia Geral da OMT vai reunir de urgência para tratar suspensão da Rússia

Na reunião desta terça feira, o Conselho Executivo da OMT decidiu convocar uma Assembleia Geral extraordinária para tratar da suspensão da Rússia. Dos 35 países do Conselho, 13 votaram a favor da suspensão e cinco contra. Os restantes abstiveram-se.
O Conselho Executivo da Organização Mundial do Turismo decidiu, na sua reunião desta terça feira, 8 de março, em Madrid, realizar uma Assembleia Geral Extraordinária para tratar a questão da suspensão da Federação Russa de sua participação na Organização. Inédita até agora, esta Assembleia Geral Extraordinária, será convocada nos próximos dias.
Segundo a imprensa internacional, dos 35 países que tomam assento no Conselho Executivo da OMT, 13 votaram a favor da suspensão da Federação Russa, cinco votaram contra e os restantes membros abstiveram-se ou optaram por sair da sala para não exercerem o seu direito de voto.
A decisão de realizar uma Assembleia Geral extraordinária para decidir sobre a questão da Rússia, tem a ver com os próprios estatutos da Organização, segundo os quais “a Assembleia Geral é a única que tem autoridade soberana para decidir sobre a suspensão de qualquer Estado Membro, se considerar que persiste numa política contrária aos objetivos fundamentais da Organização, estipulados no art. artigo 3º de seus Estatutos.
Em comunicado, a OMT deixa desde logo claro que “a agressão contra a Ucrânia é contrária à Carta das Nações Unidas e contraria o objetivo fundamental da OMT, estipulado no artigo 3º dos seus Estatutos, que estabelece como princípios fundamentais da Organização “ a promoção e o desenvolvimento do turismo tendo em vista contribuir para o desenvolvimento económico, o entendimento internacional, a paz, a prosperidade e o respeito universal e a observância dos direitos humanos ”.
“A guerra nunca é solução, nem agora nem nunca!”
Zurab Pololikashvili, secretário geral da OMT
Para o secretário geral da OMT, Zurab Pololikashvili “a guerra nunca é solução, nem agora, nem nunca! No entanto, está claro que nem todos concordam com esse ideal”. O responsável acrescentou ainda que “por esta razão, a OMT deve falar alto e claro, e eu faço-o como seu porta-voz: quando se é Membro da Organização, comprometemo-nos com as nossas regras e devemos abraçar os nossos valores. Portanto, os deputados que vão contra nossos objetivos terão que enfrentar as consequências”.
Afirma também que “a OMT apoia totalmente a resolução da Assembleia Geral da ONU e a votação do Conselho de Direitos Humanos da ONU”, acrescentando ainda que “a soberania, a independência política e a integridade territorial da Ucrânia, dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas, devem ser defendidas, e o apelo das Nações Unidas para a resolução pacífica do conflito deve ser apoiado”.