Arte Equestre Portuguesa elevada a Património Imaterial Cultural da Humanidade
A Arte Equestre Portuguesa foi classificada Património Imaterial Cultural da Humanidade, na reunião do comité responsável da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). O Presidente da República já saudou esta distinção.
A aprovação da candidatura da Arte Equestre Portuguesa, ocorreu na terça-feira, dia 3 de dezembro, durante a 19ª sessão do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, realizada em Assunção, no Paraguai.
Promovido em parceria pela Associação Portuguesa de Criadores do Puro-Sangue Lusitano, pela Parques de Sintra, que gere a Escola Portuguesa de Arte Equestre, e pelo município da Golegã, o processo da candidatura da Arte Equestre Portuguesa teve início em 2015, sendo que em 2021 foi integrada no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
Nos documentos da candidatura entregues à UNESCO, está inscrito que os promotores propuseram como medidas de salvaguarda da Arte Equestre Portuguesa, a criação de um centro de investigação associado à Biblioteca Equestre D. Diogo de Bragança, no Palácio Nacional de Queluz, a garantia da Escola Portuguesa de Arte Equestre como instituição de referência no ensino, e a integração da equitação como parte de um complemento ao currículo escolar, com base num projeto-piloto já existente na Golegã, entre outros.
No mesmo documento, é sublinhado que esta prática baseia-se no respeito pelo cavalo e no estabelecimento de uma “perfeita harmonia” com os cavaleiros. É também sublinhada a dimensão artística da prática
“Em todas as suas dimensões, a Arte Equestre em Portugal diferencia-se pela posição do cavaleiro na sela, a indumentária específica e os arreios. O cavaleiro desenvolve um conhecimento equestre, procurando a colaboração suave e consentida do cavalo, sem forçar, intuindo o que lhe é pedido”, afirma o texto.
Presidente da República saúda distinção
Em comunicado publicado no site oficial da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que “A UNESCO atribuiu a classificação de Património Cultural Imaterial da Humanidade à Arte Equestre Portuguesa, destacando as especificidades dessa arte no nosso país, a sua natureza de cultura popular e erudita e a particular relação entre cavalo e cavaleiro”, destacando, ainda, que “a escolha da UNESCO será doravante um contributo importante no sentido da salvaguarda, da investigação, do ensino e da projeção da Arte Equestre Portuguesa”.
Na mesma nota, o Presidente da República felicita “todos os seus promotores e praticantes, e em especial a Associação Portuguesa de Criadores do Puro-Sangue Lusitano, a Parques de Sintra e o município da Golegã, responsáveis pela candidatura”.
Foto de Abertura: Carrossel, Créditos Silvia Foco EPAE-2013(4)/Cedida por “Parques de Sintra”