Arminda Nascimento: No Príncipe “somos únicos, somos pequenos e somos especiais. Por isso, quem aqui vem, jamais esquece esta ilha”
Um jantar no Roça Sundy com os agentes de viagem que participaram na recente fam trip às ilhas de São Tomé e Príncipe realizada pelo operador turístico Solférias, teve também à mesa Arminda Nascimento, mulher do Presidente do Governo Regional do Príncipe, Filipe Nascimento, que aceitou o desafio do Turisver para responder a algumas perguntas.
Por Fernando Borges
O que faz da ilha do Príncipe um destino diferente, um destino especial?
Este é um lugar muito especial alicerçado na nossa rica cultura, na nossa paz, paz que se sente por toda a ilha. Uma ilha que acolhe quem a visita como se fosse parte dela, fazendo-a sentir uma pessoa especial, um amigo de longa data.
Podemos dizer que em termos turísticos esta é uma ilha auto-suficiente, que se vende sozinha?
Sim, porque é uma ilha que cativa o turista porque tem tudo o que ele necessita e deseja; a natureza que aqui continua virgem e ambiciosa na sua grandeza, uma gastronomia diversificada baseada nos produtos da terra e cheia de sabores, praias incríveis na sua beleza, gente afável… Para além destes aspetos muito importantes, temos uma oferta hoteleira de grande qualidade, equiparada ao que encontramos de melhor em outros destinos igualmente paradisíacos, como são exemplos os hotéis, Roça Sundy, o Bom Bom ou o Sundy Praia, verdadeiros santuários de bem-estar. E ainda posso acrescentar como vantagem. a distância a que estamos de Portugal e de outros países da Europa, que são o nosso principal mercado, uma distância bem mais curta se compararmos com outros destinos. E relativamente a Portugal ainda há esse grande elo que une os nossos países que é a língua.
O turismo sustentável deve continuar a ser a principal aposta, por oposição ao turismo dos “grandes números”, do turismo de massas?
Como filha da ilha do Príncipe, acho que sim, que devemos continuar com esta política, com esta forma de ter turismo, protegendo o nosso ambiente, as nossas florestas, as nossas praias, as nossas tartarugas e a vasta e diversificada vida animal, onde encontramos diversas espécies endémicas, e a nossa cultura.
Quais são os principais desafios que se apresentam ao turismo da ilha do Príncipe, para reforçar ou aumentar o seu posicionamento como destino turístico de referência?
Penso que o maior desafio está na forma de aqui chegar, na insuficiência de ligações aéreas, assim como no preço da viagem que deveria ser convidativo e não quase proibitivo. Inclusive para nós, quando queremos ir a São Tomé.
Podemos afirmar que o património natural é o principal impulsionador desse turismo, a sua principal atração?
Sem dúvida. É esse o nosso principal património, aquele que mais atrai e que é mais conhecido, e por isso temos que continuar a proteger este património. Claro, assim como tudo o resto, o que se vê e o que se sente. Somos únicos, somos pequenos e somos especiais. Por isso, quem aqui vem, jamais esquece esta ilha.




Muito bem nossa 1.ª Dama Regional, parabéns pela brilhante performance nesta entrevista, que continuemos a elevar o grande nome da Nossa Região Autónoma, parabéns também são extensivos a equipa do Tuvisver.