ARAC vai lançar nova plataforma de serviços para as empresas associadas
A IV Convenção da ARAC que decorreu a 31 de março em Alcobaça, “foi mais um marco” para uma associação que representa “cerca de 96% do setor de locação de veículos sem condutor”. As palavras são do secretário-geral da Associação que no encerramento fez o balanço do evento e anunciou a criação de uma nova plataforma de serviços que vai ajudar as empresas no seu dia a dia.
Na sessão de encerramento da IV Convenção Nacional da ARAC, o secretário-geral da associação, Joaquim Robalo de Almeida, anunciou que está a ser desenvolvida uma nova plataforma de serviços que visa ajudar as empresas associadas no seu dia a dia: “Com vista a proporcionar às empresas associadas todo o apoio de que necessitam no seu dia a dia, está em preparação a criação de uma nova plataforma de serviços com vista a que as empresas possam terceirizar com a sua associação tarefas que não constituam a sua atividade principal”, explicou.
Sem aprofundar o tema, dado que a plataforma ainda está em desenvolvimento, o responsável deixou claro ser entendimento da Associação que “a descentralização de tais tarefas proporcionará novas oportunidades de crescimento para todas as empresas associadas da ARAC”.
Coube também ao secretário-geral da ARAC fazer o balanço da IV Convenção Convenção, tendo afirmado que as principais ideias a reter “prendem-se com a importância da estratégia da mobilidade, a mobilidade elétrica, o turismo no momento atual e futuro, a condução inteligente e os veículos autónomos”. Prendem-se também com “os enquadramentos económicos e jurídicos das novas atividades num mercado em que, atendendo à importância da mobilidade na composição de qualquer produto turístico, as empresas independentemente da sua dimensão são hoje confrontadas com ambientes altamente concorrenciais e variáveis que exigem uma dinâmica de ajustamento empresarial cada vez maior”.
Finda que foi mais uma convenção da ARAC, Joaquim Robalo de Almeida destacou também que não existem já dúvidas de que “as empresas de aluguer de veículos estão no centro de uma série de grandes transformações que vão para da sua natureza comercial”. Assim, e para além da “importância cada vez maior que as empresas representadas pela ARAC têm assumido nas exportações com a consequente entrada de divisas no nosso país e a criação de postos de trabalho diretos e indiretos, a ARAC realça também o papel que tem desempenhado “na proteção ambiental, na mudança dos comportamentos numa sociedade que passa cada vez mais a valorizar o uso em detrimento da propriedade”, sendo que atualmente se assiste também a uma tendência que “aponta para o aprofundamento da digitalização e desmaterialização das operações de locação de meios de mobilidade”.
Para além da digitalização e desmaterialização de procedimentos e ainda da sustentabilidade, com a mobilidade elétrica, Robalo de Almeida apontou ainda uma terceira tendência no setor, relacionada com “os novos modelos de negócio, sobretudo as plataformas em linha”.
Numa indústria em que a tecnologia avança a cada passo, é necessário que os seus benefícios possam chegar às empresas e que estas os possam utilizar em seu proveito, sendo que para isso “urge alterar não apenas as ferramentas com as quais se gere uma empresa, mas sobretudo como essas inovações requerem mudanças de cultura e de modelos de negócio”, sustentou.
O secretário-geral da ARAC referiu-se à legislação que regulamenta o setor da locação de veículos sem condutor em Portugal, afirmando esperar que esta possa ser revista de modo a que as empresas locadoras de veículos no nosso país não percam competitividade face às de outros destinos concorrentes, nomeadamente da vizinha Espanha, o que no ver da Associação “teria consequências muito negativas para a economia nacional”.