Aposta na internacionalização do Grupo Newtour leva a GEA Portugal a adquirir 40% da GEA Brasil

Atualmente com 250 associados, a GEA Brasil pretende, em dois anos, chegar às 1.000 agências associadas, afirmou Carlos Batista, administrador da GEA Portugal, que este ano se tornou sócia da GEA Brasil, com 40% do capital social da GEA Brasil, percentagem idêntica à da GEA LATAM, representada por Marcelo Capdevila. Os restantes 20% pertencem à empresa brasileira Interamerican Network, representada por Ricardo Roman.
Tal como o Turisver tinha avançado no passado dia 20 de Novembro, na sua rubrica Rumores , a GEA Portugal tornou-se sócia da GEA Brasil. A confirmação foi dada em Tróia, em conferência de imprensa à margem da 20ª Convenção da GEA Portugal e na qual estiveram também presentes os outros dois sócios da GEA Brasil, a GEA LATAM e a empresa brasileira Interamerican Network.
Começando por afirmar que o processo de entrada da GEA Portugal no capital da GEA Brasil “é completamente claro”, Carlos Baptista, administrador da GEA Portugal, explicou que a GEA Brasil nasceu em 2021, com uma associação entre a empresa brasileira Interamerican Network e a GEA LATAM. Entretanto, “o projeto foi tendo um início interessante e numa fase de consolidação, fomos convidados a entrar e no ano de 2024 a GEA Portugal incorpora a GEA Brasil”.
A nova entidade criada com a entrada da GEA Portugal que passou a deter 40% do capital social da GEA Brasil, tem como sócios a GEA LATAM representada pelo seu CEO, Marcelo Capdevila, também com 40%, e a Interamerican, de que é sócio e representante Ricardo Roman, com os restantes 20%.
A GEA Brasil tem uma estrutura própria e do conselho diretivo fazem parte Carlos Baptista pela GEA Portugal, Danielle Roman em representação da Interamerican e Marcelo Capdevila pela GEA LATAM.
No momento, adiantou, a GEA Brasil tem “à volta de 250 associados (…) o que já é alguma coisa, mas para a dimensão do Brasil é pouco. Por isso, revelou, “estamos a refazer a estratégia para os próximos anos, mas com uma incidência muito a curto prazo nos próximos dois anos, podemos fazer um plano de investimento em que possamos aproximar-nos das 1.000 agências no Brasil”.
“…a filosofia do grupo e gestão e a estratégia da GEA Portugal, serão agora replicadas no Brasil, muito embora a GEA Brasil tenha que “criar a sua própria identidade”, podendo, ou não ser implementadas ferramentas que já estão implementadas em Portugal”
Sobre as perspetivas de retomo do investimento feito, cujo montante não foi revelado, Carlos Baptista afirmou que “o nosso objetivo é fazer com que o projeto da GEA Brasil seja, por si só, rentável”, com a perspetiva dos sócios a apontar para que “no espaço de dois anos podemos atingir esse patamar”, estando neste momento a viver-se, ainda “numa fase de investimento”.
Sublinhou, no entanto, que “há um retorno indireto daquilo que é a presença no Brasil, que é a dimensão”, algo que Portugal não tem.
A Newtour, disse, “tem tido uma estratégia de expansão, e este movimento para mercados internacionais, este movimento da GEA Brasil, assentam nessa estratégia de expansão” e no ganho de dimensão porque “a dimensão ajuda a que todos possam ter mais e melhores retornos”.
Sobre o mercado brasileiro, disse que “é muito partido”, com “muitas agências pequenas” mais até do que o mercado português em termos proporcionais, muito “home office”, pelo que “tem muito espaço de crescimento naquilo que é a agregação de valor e de plataformas que a GEA tem” o que “faz com que a nossa proposta de valor possa ser um sucesso”. Para isso, a filosofia do grupo e gestão e a estratégia da GEA Portugal, serão agora replicadas no Brasil, muito embora a GEA Brasil tenha que “criar a sua própria identidade”, podendo, ou não ser implementadas ferramentas que já estão implementadas em Portugal defendeu Carlos Baptista.
Dada a dimensão do território brasileiro e a dispersão das agências de viagens, embora o objetivo seja, segundo a diretora comercia da GEA Brasil, Cláudia Bagna “atender a nível nacional (…) estamos a começar por São Paulo, que é onde nós estamos”. A partir de São Paulo, que representa 50% da emissão de turistas para o exterior, “fica muito mais fácil, participando dos eventos e das feiras, chegar a outros Estados, como Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde já estamos com um certo número de agências”.
Apesar da dimensão e da diversidade de funcionamento das agências de viagens brasileiras, consoante a sua localização geográfica, Carlos Baptista acredita na GEA Brasil: “Acho que temos reunidas todas as condições para o sucesso, pela experiência que existe da GEA Portugal, pela experiência que existe da GEA LATAM, e pela experiência que existe no mercado local, que é integrado também pela Interamerican”, ou seja, “conseguimos reunir aqui uma série de fatores que não tenho dúvidas que nos levarão ao sucesso deste projeto. Se vamos chegar mais rápido às 1.000 agências ou menos rápido, é um objetivo que nós colocamos e eu acho que temos de colocar objetivos ambiciosos para poder caminhar”.
Para o administrador da GEA, o objetivo das 1.000 agências, pode ser “ambicioso mas é exequível”, afirmou, acrescentando que, “se atingirmos as mil agências, a GEA Brasil passa a ser a maior GEA alguma vez que existiu”.
“Na 20ª Convenção da GEA esteve presente uma comitiva de 10 agentes de viagem brasileiras, algo que Carlos Baptista reputou de “muito importante para nós, porque estão a ficar com uma perceção do que pode ser também a evolução da GEA Brasil”, uma vez que “a GEA Portugal tem mais de 20 anos, está no processo de consolidar, e a GEA Brasil é um projeto muito recente”
De referir que na 20ª Convenção da GEA esteve presente uma comitiva de 10 agentes de viagem brasileiras, algo que Carlos Baptista reputou de “muito importante para nós, porque estão a ficar com uma perceção do que pode ser também a evolução da GEA Brasil”, uma vez que a GEA Portugal tem mais de 20 anos, está no processo de consolidar, e a GEA Brasil é um projeto muito recente, estamos a construir o valor e a construir a dinâmica de rede para podermos crescer”.
“Estamos certos que estes 10 agentes serão também embaixadores da GEA no Brasil, porque ganham uma visão mais de médio longo prazo, que os ajudará a entender o modelo da GEA no Brasil, e ajudar-nos na dispersão e a angariar novos sócios para a GEA”, afirmou.
Presente na conferência de imprensa, Ricardo Roman, um dos sócios da GEA Brasil, explicou que a Interamerican Network é uma empresa de turismo que existe há mais de 40 anos, atua em toda a América Latina e é especialista em marketing, relações públicas, marketing de destinos e digital”. Sobre a GEA Brasil disse ser um negócio que “vai ao encontro da nossa especialidade, que é trabalhar no B2B, os agentes de viagens, os operadores são nossos parceiros, para todos os nossos clientes”, nomeadamente, companhia aéreas, redes hoteleiras”, entre outros.
“Com muito prazer estamos a fazer esse investimento na GEA Brasil, tivemos essa grata surpresa de ter a Newtour como sócio, o que proporciona “um know-how maior do que já tínhamos com o Marcelo Capdevila”, afirmou, acrescentando que “estamos a trazer para o mercado brasileiro a expertise desses dois sócios internacionais e moldando isso de acordo com o nosso mercado”, com o objetivo de “ajudar o agente de viagem a ter o melhor resultado”