APHORT confia na negociação coletiva para valorização do trabalho
Face às acusações feitas por um sindicato às associações e as empresas de turismo que diz quererem manter a precariedade no setor, a APHORT vem “repor a verdade dos factos” e mostrar confiança na negociação coletiva para a valorização das condições de trabalho dos profissionais de turismo.
Em comunicado, a APHORT – Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo dá nota da confiança que deposita no sucesso da negociação coletiva como forma de alcançar a valorização das condições de trabalho dos profissionais de turismo.
“Este processo de negociação está já a decorrer há vários meses, com representantes dos trabalhadores que estão empenhados em resolver esta questão de forma séria e ponderada, e temos confiança no sucesso destas conversações”, afirma Rodrigo Pinto Barros, presidente da APHORT.
Considerando que “as posições extremadas e o discurso agressivo em nada contribuem para a resolução da situação”, Rodrigo Pinto de Barros frisa que as empresas têm vindo a adaptar-se aos novos tempos e declara mesmo que muitos dos seus associados “conseguiram já, este ano, fazer ajustes salariais correspondentes a aumentos médios entre os 5% e 10%, para além de outros aspetos como a reorganização de horários e dos dias de encerramento dos estabelecimentos”.
“Não nos podemos esquecer que, para além de dois anos de pandemia, durante os quais as empresas do setor foram severamente penalizadas, o atual contexto económico não é favorável, pelo que tem de haver sensatez e razoabilidade naquilo que é exigido a estas empresas”, sublinha ainda o responsável.
A Associação defende que a melhoria dos instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho passa pela negociação de contratos equilibrados, que não estejam exclusivamente assentes em alterações das tabelas salariais, e mostra-se disponível para discutir alternativas, enquanto continua aguarda “com expectativa” os resultados das missões empresariais, recentemente anunciadas pela secretária de Estado do Turismo, para captação de trabalhadores nos países da CPLP.