APG Portugal comemorou dia internacional do grupo com “os olhos” em 2023
A APG Portugal celebrou na sexta feira, 27 de maio, o APG Day, iniciativa que ocorre, em simultâneo, nos vários países onde a rede internacional está instalada. Em Lisboa, a diretora-geral da APG Portugal, Rute Rapaz e a diretora de operações, Rita Cascada, falaram com a imprensa do trade.
Em declarações aos jornalistas do trade durante a celebração do APG Day, Rute Rapaz, diretora-geral da APG Portugal, começou por salientar que o mercado está a começar a ter uma resposta positiva no que toca às viagens. O ano de 2022, disse, “estava a começar em força, a guerra veio complicar tudo um pouco mas, ainda assim há resposta”. Para já, acrescentou, as quebras que se notam têm mais a ver com os países bálticos do que com a Finlândia mas, como há sempre uma alternativa, “estamos a vender muito Reiquejavique com a Finnair”.
No que toca à Finnair, uma das companhias aéreas de que a APG é GSA em Portugal, a grande novidade deste ano é o Funchal: “De 6 de Junho a 31 de outubro vamos ter dois voos por semana entre o Funchal e Helsínquia”, os quais vêm juntar-se ao voo diário de Lisboa e aos dois voos por semana do Porto”, declarou Rute Rapaz.
A responsável explicou ainda que além dos voos do Funchal, “há também uma nuance que tem a ver com a operação da Finnair em Lisboa, já que os voos vão ser operados, no verão, com um avião da companhia aérea dinamarquesa DAT”. Isto porque a Finnair quer manter o mesmo padrão de serviço em todas as rotas e não tinha frota disponível porque a companhia, devido ao facto de a Ásia estar fechada, tal como o Japão, apostou muito na Europa este verão. “Todas estas rotas da Ásia são operadas com aviões de longo curso, que estão disponíveis mas não são aviões para o espaço aéreo europeu. Por isso foi tomada a decisão de operar com a DAT”.
Rita Cascada, diretora de operações, avança que as operações estão a correr bem, ainda que “agora dependamos essencialmente dos países nórdicos e dos Bálticos”, a que em breve se irá juntar Bombaim, na Índia, para onde já regressaram as ligações da Finnair para Nova Deli, e também a Tailândia que “vai abrir e esperamos que comece também a funcionar bem”. Para a Índia, e no que toca a Portugal, as operações também estão a correr bem. “Temos muito tráfego étnico” a fazer Lisboa-Helsínquia-Deli, afirma.
Viajar com a Finnair para a Tailândia desde Portugal, apresentava a vantagem de “a rota polar ser muito mais curta” mas agora, por causa da guerra da Ucrânia “o espaço aéreo russo está fechado e o voo demora agora 14 horas em vez das nove horas que demorava antes”, ressalvando ainda Rute Rapaz que “os voos não podem ir cheios por causa da carga”. Ainda assim, sublinha que “a Finnair é uma companhia muito conceituada no longo curso, o serviço a bordo é bom e se as pessoas tiverem que escolher, apesar das 14 horas, considerarão a Finnair”.
Croatia Airlines pode voltar a voar para Portugal em 2023
Quanto às outras companhias que a APG representa em Portugal, nem todas estão a operar, como revelou Rute Rapaz. “A Croatia Airlines não voltou – continuamos a representá-los mas através dos code-shares com a TAP e com a Lufthansa” – mas esperamos que volte no próximo ano”. Desde o último trimestre de 2020, a APG está também a representar a Kenya Airways que é, no momento, “uma das boas companhias que nós temos” e, segundo Rita Cascada sublinha, a companhia aérea do Quénia “tem muito boas ligações a Moçambique via Nairobi” além de que “o segmento de lazer já começa a funcionar para o Quénia”. Para Moçambique, o percurso é Lisboa-Paris (Amsterdão ou Londres)-Nairobi-Nampula, com a Kenya Airways a ter acordos de code-share com a Air France e a KLM.
Representando também em Portugal as empresas de comboios Renfe e Trenitalia, a APG tem agora também uma plataforma que “agrega tudo” e comercializa comboios para a Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Espanha e Itália, explica a diretora de operações da APG Portugal.
Além disso, a APG tem também um programa de interline que permite à APG Portugal emitir bilhetes de diferentes companhias, mesmo que não possuam acordo com o BSP Portugal. A emissão destas companhias é feira via GDS.
Uma coisa é certa: a APG tem espaço para mais representadas, mas Rute Rapaz explica que “em termos de companhias aéreas e sendo nós um GSA mas pertencendo ao grupo internacional da APG, o acordo e feito a nível global”, ou seja, “a companhia vai à sede, em Paris, e negoceia quais os mercados que quer”. Neste momento, disse, a AGP está a trabalhar em alguns processos que se escusou a revelar, adiantando somente que “possivelmente, para o ano teremos algumas novidades”.