Apesar da procura campanhas de last minute é algo que Sónia Regateiro acredita que “vai continuar a haver”

A Solférias realizou esta segunda-feira, em Lisboa, o seu roadshow’25 em que estiveram presentes cerca de 80 fornecedores do operador. À margem do evento, Sónia Regateiro, COO da Solférias, falou com a imprensa do trade, e avançou que até ao momento, Cabo Verde e Egito são os destinos com melhor desempenho.
Como é conhecido, a novidade deste ano, em termos de programação charter da Solférias para o verão é a Costa Norte do Egito, destino que está a correr “muito bem” em termos de vendas, “com ocupações acima dos 50%”, avançou Sónia Regateiro, justificando que “este ano, a antecipação da venda tem sido muito maior do que o ano passado”, tanto que, “à data de hoje, se compararmos em projeção de vendas o número de passageiros, estamos 30% acima do ano passado”, o que se traduz em cerca de mais mil passageiros vendidos.
De realçar que o operador tem este ano no mercado mais cerca de 28% de lugares face ao ano passado, o que levou a responsável a sublinhar que “com mais lugares temos mais vendas, mais passageiros”. O aumento da oferta deu-se, sobretudo, em Cabo Verde, onde o operador passou a “ter mais dois voos, se contarmos com os lugares totais contratados à TAP, mais o extra de Lisboa, a CVA, mais o Porto”, e também na Tunísia, para onde o operador tem os “dois novos voos para Enfidha, do Porto e de Lisboa” e o aumento que representa a nova operação para a Costa Norte do Egito.
Segundo a responsável, as datas premium estão praticamente cheias: “Já temos muitas partidas cheias para o verão. Logicamente, neste momento estamos com bastantes expectativas também em relação à BTL, percebemos que há sempre pontas e partidas por vender e mais difíceis de vender, mas estamos muito, muito, muito satisfeitos”, afirmou.
Cabo Verde e Egito, ambos com uma taxa de ocupação que já é “superior a 50%”, são os destinos com melhores desempenhos. Já no polo oposto está Saidia que “está na casa dos 30%”, algo que não surpreende a COO da Solférias, que considera que, como se trata de um destino de “curta distância” e “mais barato”, o segmento de mercado que compra Saidia “vai comprar mais tarde, porque só tem as suas férias aprovadas a final de março”.
O Brasil vem em força à BTL, o que significa que está a apostar forte no mercado português. Inquirida sobre a resposta que o mercado português está a dar a este destino, Sónia Regateiro afirmou que “há uma resposta efetiva do mercado. Notamos isso na Solférias”. A propósito referiu que “temos dois fenómenos: um é a procura pelo Brasil, que cresceu imenso, mas também tivemos uma novidade a nível tecnológico, as integrações que temos feitas com a Omnibis, que não estavam a funcionar no ano passado, que começou a funcionar no final do ano passado, e nós automaticamente com a integração tecnológica de tarifas Omnibis, nós notamos efetivamente um grande aumento da procura pelo Brasil”.
“A nível do top 10 de destinos do ano passado para este ano, a única diferença é que as Maldivas este ano substituíram o Zanzibar, que o ano passado era operado em charter. Sem este charter este ano, à data de hoje, Maldivas supera as vendas do Zanzibar do ano passado em charter”
O Top 10 das vendas este ano é composto por Cabo Verde, em primeiro lugar, seguido pelo Egito, Disneyland Paris, Senegal, Tunísia, Marrocos, São Tomé, Brasil, Maldivas e Porto Santo. Segundo Sónia Regateiro, “do ano passado para este ano, a única diferença é que as Maldivas este ano substituíram o Zanzibar, que o ano passado era operado em charter. Sem este charter este ano, à data de hoje, Maldivas supera as vendas do Zanzibar em charter do ano passado”.
Apesar de as vendas estarem a correr bem, a Solférias não considera colocar mais nenhum voo no mercado: “Era interessante se tivéssemos um aeroporto”, afirmou a responsável, acrescentando que, nas circunstâncias atuais, essa hipótese está “completamente” fora de cogitação.
Ainda assim, a responsável acredita que “vai continuar a haver” campanhas de last minute, à semelhança do ano passado “porque por muita procura que exista no mercado, a oferta também cresceu imenso. Existem muitas Caraíbas”, destino que apresenta preços “abaixo do valor do Cabo Verde, por exemplo”. E existem novos destinos destinos, como a Jamaica e “mais operações de Madrid que acabam por concorrer com as nossas operações em Portugal”.
Sobre o roadshow assumiu que está a ser um êxito: “No Porto contámos com 550 agentes de viagens, hoje temos 560 inscritos”, o que considerou ser “é muito gratificante, porque este evento requer um investimento muito elevado e é um trabalho de um ano”. Por isso “vale a pena continuar a apostar”.


