APAVT vai apoiar e incentivar introdução da IA nas agências de viagens
Num congresso que teve como tema “Inteligência Artificial, a Revolução do Sec. XX”, o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, assegurou no encerramento dos trabalhos, que a Associação vai “apoiar a transformação empresarial, incentivando a introdução da inteligência artificial” nas agências de viagens.
A garantia foi deixada por Pedro Costa Ferreira na sessão de encerramento do 48º Congresso da APAVT que terminou sábado no Porto. Dos trabalhos, o presidente da Associação colocou em destaque três conclusões.
Em primeiro lugar, disse, “a inteligência artificial representa um momento disruptivo, e um momento disruptivo é suscetível de provocar a tomada do mercado por atores até esta altura incapazes de assumir a liderança”.
Em segundo lugar, “só há uma resposta racional para os incumbentes – continuarem a criar valor, sendo certo que, no universo das emoções, na área da confiança, no âmbito da gestão das incertezas e contrariedades, há muito espaço para progredir, há muita semente para plantar e fazer crescer, há muitos processos estratégicos para desenvolver”.
Por último, destacou que para que os agentes de viagens possam criar valor junto dos seus clientes há que utilizar “já a partir de amanhã, todos as ferramentas de inteligência artificial que nos permitem sermos mais eficientes nas tarefas rotineiras, e mais assertivos na relação com o cliente. Numa palavra, mais competitivos”.
Pedro Costa Ferreira deixou bem claro que é “para ajudar todos os dias os nossos clientes a fazerem a escolha certa” num mundo cada vez mais cheio de opções, “para resolver os problemas dos nossos clientes, proporcionando-lhes viagens tranquilas”, que os agentes de viagens têm que, cada vez mais utilizar a tecnologia. É também para que continuem a se líderes nas questões de sustentabilidade e porque “do que gostamos mesmo é de sermos agentes de viagens, contribuindo para um mundo melhor, unido pelas diferenças e sustentado na tolerância”.
Em última análise, e resumindo um pouco tudo isto: “O congresso foi sobretudo tecnologia, mas nós só aqui estivemos porque gostamos de pessoas”, afirmou.
Satisfeito com a forma como decorreram os trabalhos, frisou que num momento como o que o país atravessa, há muitos desafios pela frente: “é evidentemente preocupante que, uma vez mais, estejamos cheios de dúvidas e rodeados de incerteza, relativamente a processos estratégicos fortemente impactantes, como sejam a solução para o aeroporto de Lisboa, uma resolução relativamente à ferrovia ou a decisão da privatização da TAP”, afirmou.
Pedro Costa Ferreira referiu-se ainda às dificuldades orçamentais das Entidades Regionais de Turismo, destacando “a luta tremenda que estas regiões travam, todos os dias, para utilizarem o dinheiro que, por mérito próprio, lhes foi apenas formalmente entregue. Apenas formalmente, porque a vida das regiões de turismo, ultimamente, arrasta-se entre as famigeradas cativações e um labirinto de regras desnecessárias, que prejudicam o trabalho, e atrasam a implementação das políticas”.