APAVT lança campanha para promover reservas nas agências associadas
Sob o mote “Não deixe as suas férias virar um pesadelo” a APAVT lançou uma campanha que visa promover as reservas de viagens junto das suas associadas. Porque, se quando alguém está doente vai ao médico, quem reserva uma viagem deve fazê-lo junto de um especialista.
Num ano que é de retoma do turismo, a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) volta a lançar uma campanha de comunicação, destinada a promover as reservas de viagens junto das agências de viagens suas associadas, facto que acaba por estar associado a uma “noção de normalidade” e de regresso “a uma vida normal”, sublinhou o presidente da Associação, Pedro Costa Ferreira.
Lançada esta quarta feira, 11 de maio, a campanha será veiculada até dia 10 de junho, assentando num website criado para o efeito, em publicidade online (no Google mas também nas redes sociais Facebook e Instagram) e ainda em spots na Rádio Comercial.
Sob o mote “Não deixe o seu sonho virar pesadelo” a campanha nas redes sociais recorre a um visual de contraposição, onde metade da imagem é o que se sonha e a outra metade o que, muitas vezes, acontece na realidade.
O humor é a “arma” de toda a campanha e está bem patente no website www.feriasdesonho.pt, que integra uma landing page onde o visitante escolhe as suas férias de sonho: praias, experiências, voos (o exemplo remete para voos em balão), cruzeiros, Mediterrâneo e city breaks.
Escolha feita, o internauta é remetido para as respetivas páginas onde fica claro que os sonhos podem virar pesadelos, e que, sublinha a APAVT, “os negócios fantásticos escondem riscos”. Daí que a praia idílica possa ser, na realidade, pouco mais que um pedaço de areia cheio de lixo até ao oceano, ou aquele quarto lindo com vista para a Torre Eiffel possa ser um cubículo desarrumado, com vista para coisa nenhuma.
No final, há uma mensagem da Associação sobre as vantagens de reservar as férias numa agência de viagens. Para além de um link que leva o consumidor para uma página através da qual pode aceder aos contactos da agência associada mais próxima, a mensagem dá resposta a uma série de FAQs e aponta várias curiosidades.
Esta campanha, que foi desenvolvida pela agência Message in a Bottle e na qual, segundo o presidente da APAVT “nós nos revemos completamente”, pode ser adaptada pelos associados da APAVT, que foram convidados a remeter à associação os seus logotipos para colocar nas peças a utilizar nas redes sociais, sem quaisquer custos.
Pandemia levou consumidores a redescobrirem as agências de viagens
No lançamento da campanha que, segundo o presidente da APAVT “caracteriza bem as vantagens de, num mundo tão incerto, viajarmos no porto de abrigo que são as agências de viagens”, Pedro Costa Ferreira falou da relação com a procura, afirmando que o setor das agências de viagens “chega a este momento, eventualmente, no seu momento de mais alta credibilidade, com uma idoneidade absolutamente impoluta”.
A propósito, recordou que o sector, no dia 20 de março de 2020, enfrentou “mais de 300 milhões de euros que estavam nas mãos dos nossos fornecedores” e que “tinham que ser reembolsados aos nossos clientes”, tendo chegado a “1 de Janeiro de 2022 com um caso visível em que não foi cumprido o reembolso” e “uma operação que não conseguiu reembolsar”.
Tudo se resume ao caso da operação de finalistas da X-Travel, sobre o qual Pedro Costa Ferreira disse que os reembolsos deverão estar todos pagos “no espaço máximo de dois ou três meses, sendo que já houve uma percentagem importante que já foi paga”.
Ainda sobre a relação do sector com a procura, o presidente da APAVT disse que a pandemia trouxe “duas oportunidades importantes”. Por um lado, afirmou, “ganhámos novos clientes que nos descobriram durante a pandemia”, porque as dificuldades então geradas tornaram “muito mais fácil que os clientes percebessem a grande diferença que existe entre informação e conhecimento”, exemplificando com as “restrições de viagens que mudavam todos os dias” e com “as pessoas que ficavam nos destinos ou no ponto de partida porque não as tinham cumprido”.
“De repente as pessoas foram aprendendo que se passassem por uma agência de viagens, aquilo que estavam a tentar resolver há semanas resolviam em 10 minutos, com a vantagem adicional de legalmente passarem essa responsabilidade para as agências de viagens”, defendeu.
A segunda oportunidade para as agências de viagens foi a de ganharem “novos potenciais clientes”, aqueles que “fizeram reservas em sistemas concorrenciais às agências de viagens e que perderam para sempre o dinheiro que tinham pago, quer junto de companhias aéreas quer junto de sites de reservas”.
Por tudo isto, afirma Pedro Costa Ferreira, o setor “chega a este momento muito debilitado economicamente, com muitas perdas, com muito endividamento, mas com a honra salva e com uma idoneidade, se calhar, no seu mais elevado nível naquilo que concerne à relação com o consumidor”.