António Pinto da Silva: “Estamos a crescer 30% este ano na Cunard em relação a 2023”
O diretor comercial da Mundomar Cruzeiros esteve à conversa com o Turisver, à margem da visita do novo navio da Cunard, Queen Anne, que fez escala em Lisboa, na terça-feira, 8 de outubro. Num ano em que as vendas são superiores em 30% em relação a 2023, a representante em Portugal da companhia americana fundada em 1839, já vendeu 120 mil euros em voltas ao mundo.
Esta é já a segunda vez que o novo navio da Cunard, o Queen Anne, passa por Lisboa este ano e que permite a visita dos agentes de viagens. Estão programadas mais passagens até ao final de 2024?
Sim, é verdade. Hoje tivemos agentes de viagens a bordo para conhecer o Queen Anne e estão programadas mais três escalas em Lisboa até ao final do ano. Também teremos o navio Queen Victoria a fazer escala no Funchal.
Para 2025 estão também previstas escalas em Lisboa do Queen Anne, onde teremos oportunidade de trazer mais agentes de viagens a bordo deste mais recente navio da companhia de cruzeiros Cunard, completamente diferente dos outros três – Queen Mary 2, Queen Victoria e Queen Elizabeth.
Que novidades traz o Queen Anne relativamente aos navios que o antecederam e onde é que vai estar posicionado ?
As novidades refletem-se desde logo no design mais moderno, depois novas opções gastronómicas, com três restaurantes de especialidades – japonesa, indiana e mediterrânica -, e uma piscina retrátil que pode ser fechada quando está mau tempo.
Relativamente ao posicionamento, o Queen Anne vai fazer a Volta ao Mundo em 2025 (já está esgotado) e em 2026, cujas reservas estão abertas. Mas vai também fazer parciais de voltas ao mundo e vai estar no Mediterrâneo e a fazer os Fiordes no ano que vem, estando disponível para o mercado português.
Como é que está a decorrer o ano de 2024 em termos de procura do mercado português para a Cunard?
Tem estado a correr bem. Não podemos esquecer que a procura pelos cruzeiros da Cunard são para um nicho de mercado, para clientes com idades acima dos 50, 60 anos, embora no verão tenha havido muitas famílias. Tivemos 170 crianças a bordo, portanto, não é um cruzeiro só para adultos ou só para idosos. Digamos que é possível agradar a todos os bolsos, porque também temos produtos bastante atrativos, com cruzeiros pelo Mediterrâneo durante uma semana com preços a partir dos 800 e tal euros por pessoa, já com taxas e gratificações incluídas.
Mas também temos Voltas ao Mundo e aí este ano vendemos 120 mil euros, apesar destas custarem 15 mil euros por pessoa. Portanto, estamos a falar de um nicho de mercado, comparativamente a outras companhias de cruzeiros que a Mundomar representa e a outras que existem no mercado, estamos a falar de números reduzidos.
Ainda assim, houve crescimento ao nível do número de reservas?
Nós estamos a crescer em todas as companhias que representamos. Em relação à Cunard, especificamente, estamos a crescer 30% em relação a 2023.
Quanto aos destinos mais procurados tivemos duas vertentes muito especiais, o Mediterrâneo e o Alasca
Quais são os destinos que o mercado português mais procura nos cruzeiros da Cunard?
Quanto aos destinos mais procurados tivemos duas vertentes muito especiais, o Mediterrâneo e o Alasca. No primeiro tivemos mais vendas individuais, até porque também é onde temos melhores preços e depois no Alasca tivemos um grupo.
E para 2025 já há muitas reservas, uma vez que no setor dos cruzeiros se vende com alguma antecedência?
Sim, vende-se com alguma antecedência e nós procuramos criar essa apetência para que as pessoas possam comprar com antecedência, lançando algumas promoções e já estamos a ter algumas reservas para a Cunard para o ano que vem.
Verifica-se que as pessoas estão a comprar com mais antecedência, e em termos do número de reservas estamos a crescer, tanto na Cunard quanto nas outras companhias de cruzeiros que a Mundomar Cruzeiros representa .
Os clientes cada vez mais querem poder embarcar num cruzeiro “à porta de casa”, no entanto a Cunard não tem embarques e desembarques em Portugal…
Sim, efetivamente há companhias de cruzeiros que têm embarques e desembarques em Lisboa, mas a Cunard não tem. Os navios passam por aqui em escala, portanto os passageiros têm de se deslocar em avião ou para Southampton ou para Barcelona ou para a América do Sul ou para Austrália e Nova Zelândia. Enfim, temos de ter o acréscimo do avião para se integrar a um cruzeiro da Cunard.
E neste caso, os clientes procuram portos mais próximos de Portugal para embarcar?
Isso é indiferente para o tipo de cliente desta companhia, eu penso que não é o custo ou a distância do avião que vai fazer diferença em realizar o cruzeiro ou não. Por isso é que vendemos grupos para o Alasca com a Cunard.
Quando fazemos visitas lançamos uma oferta aos agentes de viagens e quem fizer uma reserva na Cunard nos próximos 15 dias vai ganhar um voucher da Amazon como oferta
Quantos agentes de viagens estiveram presentes nesta visita ao Queen Anne?
Estiveram presentes 24 agentes de viagens provenientes de vários pontos do país, incluindo a Madeira. Nós temos uma particularidade com todas as companhias de cruzeiros que visitamos aqui em Lisboa, no Funchal ou em Ponta Delgada. Quando fazemos visitas lançamos uma oferta aos agentes de viagens e quem fizer uma reserva na Cunard nos próximos 15 dias a esta visita, vai ganhar um Cartão Amazon como uma oferta de 30€.
A programação da Cunard já foi revelada. Quando é que a brochura chegará às agências de viagens?
A brochura está quase a sair, está a ser traduzida neste momento para português, vamos tê-la online dentro de dias e vamos imprimir também em português para o mercado nacional.