António Marques Vidal apresenta ‘caderno reivindicativo’ da APECATE na abertura do 13º Congresso da Associação

Registo das Empresas de Eventos, apoios financeiros, desigualdade ao nível da fiscalidade, nomeadamente em sede de IVA, e excessiva burocracia, são alguns dos principais problemas com que se debatem os setores representados pela APECATE que levaram o presidente da Associação, António Marques Vidal, a deixar alguns apelos ao próximo Governo no sentido da sua resolução.
Nós somos um setor essencial para o turismo” porque “somos os que construímos os conteúdos, os que construímos as experiências, os programas complementares de lazer, os eventos que dão alegria às pessoas”, começou por afirmar o presidente da APECATE – Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos, António Marques Vidal, na sessão de abertura do 13º Congresso da Associação que se iniciou esta quinta-feira, 3 de abril, na Ilha Terceira.
Para o responsável, este é um setor que está sempre à procura de inovar, de criar situações novas, o que muitas vezes entra em confronto com a própria estrutura organizacional que o Estado tem, provocando fricções e “pequenos combates”. Ainda assim, o presidente da APECATE desvalorizou estas situações, afirmando a forma de as ultrapassar é pela via do diálogo: “Temos que perceber que temos que falar cada vez mais para encontrar as soluções ideais”, disse, reconhecendo que “o caminho está cada vez melhor, conseguimos cada vez mais facilmente com todas as instituições do Estado”.
Aproveitando a presença do secretário de Estado do Turismo em exercício, Pedro Machado, o presidente da APECATE apontou algumas das premências, já antigas, deste setor que continuam sem ser resolvidas, a começar pelo “Registo das Empresas de Eventos, que toda a gente já percebeu que faz falta”, passando pelos apoios ao setor dos eventos e da animação turística e pela questão do IVA uma vez que enquanto outros sectores do turismo pagam 13% ou 6% em sede de IVA, “nós pagamos 23%”.
Neste sentido, e tendo em vista já o novo Governo que irá sair das próximas eleições, António Marques Vidal deixou-lhe um repto: “O próximo Governo devia refletir muito bem porque a fiscalidade está completamente desajustada” pelo que o sistema deve ser “pensado e reorganizado”, tendo em atenção “as empresas de congressos que não merecem estar a pagar o IVA que têm”.
Outro dos problemas com que se debatem os sectores representados pela APECATE é, disse, a excessiva burocracia, tendo, também a este nível, apelado “ao próximo Governo, seja ele qual seja” a que resolva a situação: “Têm que acabar com a burocracia, têm que acabar com muitas funções que não fazem sentido”, afirmou.
O Turisver viajou para a Ilha Terceira a convite da APECATE