ANAV: Qualidade/preço e confiança na agência de viagens influenciam escolhas dos clientes
Destinos mais vendidos; duração média da viagem; valor médio da mesma; fatores mais importantes para a escolha do destino e fatores que mais influenciam os clientes na escolha de determinado programa ou pacote de férias, foram as questões colocadas às agências de viagens para a realização deste 1º Barómetro da ANAV apresentado esta quinta-feira.
A ANAV – Associação Nacional de Agências de Viagens, apresentou esta quinta-feira,1de agosto, em conferência de imprensa, os resultados do seu primeiro Barómetro de Viagens, através do qual a Associação pretendeu traçar o perfil e conhecer as motivações do cliente que adquire programas de férias nas agências de viagens.
Com a realização destes estudos e análises, que deverão ser publicados com uma periodicidade semestral, a Associação procura fornecer às agências de viagens “informação factual e atualizada, que permitirá criar ferramentas que potenciem o desenvolvimento do setor, bem como gerar uma maior capacidade negocial”.
Este primeiro Barómetro de Viagens teve por base a temática do Verão e procurou aferir o perfil do cliente que adquire pacotes de férias nesta época do ano, as suas preferências e quais os fatores que influenciam e condicionam as suas escolhas.
O questionário enviado às agências de viagens era composto por um total de seis perguntas, relacionadas com a temática das viagens de férias de verão. Os resultados apresentados tiveram por base as respostas dadas por uma amostra constituída pelas 59 agências de viagens.
“Quais os 3 destinos mais escolhidos pelos seus clientes para férias de Verão?” foi a primeira questão colocada, com as resposta a ditarem que o Top 3 foi liderado por Cabo Verde. Na realidade, 19 agências colocaram este destino no 1º lugar das vendas; 9 colocaram-no em 2º lugar e 12 em 3º.
O 2º destino mais vendido, de acordo com as respostas contabilizadas, foi Espanha, com 19 agências a colocarem o país vizinho no1º lugar de vendas; 7 em 2º e outros tantos em 3º. Em 3º lugar aparece a República Dominicana, com 10 agências a colocarem este destino no 1º lugar; 9 em 2º e 12 em 3º.
Sobre o valor médio despendido por viagem, mais de 72% dos inquiridos (43 agências) apontaram “entre 1.000 e 1.500€”; com 10,2% (6 agências) a responderem “entre 1.500 e 2.000€” e 8,6% (5 agências) a divulgarem montantes mais baixos, concretamente, entre “500 a 1.000€”.
O peso dos pacotes de férias, nomeadamente charters, durante a época de verão ditou que a duração média das mesmas seja de 7 dias, resposta que foi dada por 93,2% dos respondentes, ou seja, 55 agências, com 3,4% (2 agências) a apontarem uma duração média de 15 dias.
Quanto aos fatores mais importantes para os clientes na escolha do destino para férias de Verão, 54 agências (91,5%) apontaram o clima, seguido da segurança, com 30 respostas (50,8%). As atrações turísticas e a cultura colheram 14 respostas cada (23,7% em cada caso). Em resposta a esta questão apenas uma agência citou a relação qualidade/preço como sendo importante para o cliente (o mesmo número que referiu a qualidade hoteleira).
No entanto, a relação qualidade/preço aparece em primeiro lugar quando a questão colocada é “Qual ou quais os fatores que mais influenciam os seus clientes na escolha do programa/pacote de viagens de Verão?”. Na resposta a esta pergunta 93,2% das agências de viagens (55) que responderam ao inquérito apontaram a relação qualidade/preço, seguida da “confiança no operador turístico / agência de viagens”, que colheu 33,9% das respostas (20 agências)
Miguel Quintas, presidente da ANAV, afirma que “O Barómetro de Viagens ANAV pretende ser uma avaliação dos resultados turísticos da distribuição em Portugal, em particular através das Agências de Viagens, e dos consumidores finais. Sem avaliação de resultados não se consegue identificar se as decisões tomadas foram as corretas e, como tal, esperamos que este género de trabalho venha a ser útil na decisão de programar os destinos turísticos dos portugueses assim como identificar as suas preferências. Com este primeiro barómetro, demos o pontapé de saída para um trabalho que queremos que se realize bianualmente”.