ANAV aplaude condenação da Ryanair pelo Tribunal de Braga por cobrar bagagem de mão
Em comunicado, a ANAV “aplaude” a decisão do Tribunal de Braga e recorda que “está a trabalhar para garantir maiores proteções aos agentes de viagens face a esta companhia”.
A ANAV – Associação Nacional de Agências de Viagens, emitiu esta quinta-feira, 12desetembro, um comunicado em que se “congratula” com a decisão proferida na quarta-feira, 11 de setembro, pelo Tribunal Judicial da Comarca de Braga, ao condenar a Ryanair por considerar ilegal a companhia aérea cobrar taxas adicionais aos passageiros que transportam malas de cabine, uma vez que “trata-se de uma violação dos direitos do consumidor”, como referiu o juiz que julgou o caso.
A Associação recorda que “tem intimado” a Ryanair para que “termine com as suas práticas abusivas, nomeadamente contra os agentes de viagens e, como consequência, contra os clientes finais”.
A decisão do Tribunal de Braga “vem dar razão e reforçar as interpelações da ANAV para que a Ryanair arrepie caminho no que toca a respeitar o mercado português, as agências de viagens e os seus clientes”, afirma Miguel Quintas, presidente da ANAV, sublinhando, ainda, que “este tema da ilegalidade de cobrança de taxas adicionais pelas malas de cabine, era já um dos pontos da nossa agenda, que agora se vê alavancada pela decisão do Tribunal de Braga. Mas, não se esgota aqui”.
Recorde-se que, no início deste ano, a ANAV comunicou que estava a recolher dados e informações junto das agências de viagens sobre as práticas abusivas da Ryanair no mercado nacional, e que a consequência dessa avaliação poderia resultar numa possível ação ou queixa formal contra a companhia.
A propósito deste tema, Miguel Quintas avança que irá anunciar novidades em breve, e reitera que “para a ANAV, a defesa dos interesses das agências de viagens e dos seus clientes finais não pode ser subjugada pela dimensão de nenhuma empresa ou entidade. A Ryanair pode ser uma empresa grande, mas, quando temos a razão do nosso lado, esta tem de ser maior e mais forte do que qualquer empresa, qualquer poder económico ou qualquer lobby”.