Alojamento Local tem papel predominante na recuperação económica dos territórios

A afirmação é do presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Luís Pedro Martins, para quem a evolução do Alojamento Local no Douro “está a contribuir para a diversificação da oferta turística” naquele território.
“O Alojamento Local no Douro está de facto em expansão (…). A evolução deste segmento de alojamento está a contribuir para a diversificação da oferta turística, uma oferta caracterizada por um vasto conjunto de unidades de alojamento local cada vez mais qualificadas e que se apresentam complementares à oferta dos tradicionais hotéis e quintas da região”, afirmou à agência Lusa o presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Luís Pedro Martins.
De acordo com os dados fornecidos pelo responsável, atualmente existem 714 registos de unidades de Alojamento Local no Douro, que, no seu conjunto, representam 3.349 camas. Só este ano, há 73 novos registos (247 camas), os quais se somam aos 101 registos (499 camas) contabilizados em 2021.
“Acreditamos que estas tipologias de alojamento, direcionadas para novos segmentos de públicos, não surgiram para substituir as tradicionais unidades hoteleiras, mas sim para complementar a oferta turística da região do Douro”, reforçou.
Considerando que o “aumento da procura turística no Douro, caracterizada por consumidores com diferentes motivações e poder de compra, é um dos principais impulsionadores do crescimento do mercado de AL na região”, o presidente da TPNP frisou que esta tipologia de alojamento “assume um papel predominante na recuperação económica dos territórios, contribuindo para transformar casas históricas e edifícios antigos degradados e desabitados, transformando-os em alvos de interesse turístico”.
Para o responsável, o crescimento do AL em territórios de baixa densidade é um agente de “dinamização económica de diversos agentes locais, nomeadamente produtores locais, restauração, lojas de artesanato e comércio”, bem como para a “criação de novos postos de trabalho”.
Ao nível do Alojamento Local, o grande desafio passa, explicou Luís Pedro Martins, “pela total contribuição para os índices de sustentabilidade da região, através da adoção de práticas de turismo sustentável” tornando-se necessário “encontrar um equilíbrio entre o desenvolvimento turístico dos negócios de AL e a responsabilidade sustentável e ambiental que devem assumir”. Uma situação que, no caso do Douro, que desde 2001 é Património Mundial da UNESCO, é ainda mais relevante,
Sobre a evolução do ano turístico no Douro, o presidente da TPNP afirmou à Lusa que as “são animadoras”, prevendo-se que muitas unidades hoteleiras da região alcancem os 100% de ocupação, sendo ultrapassados os níveis pré pandemia.
Para 2023, as expectativas são também “bastante positivas”, pois à dinâmica atual o Douro junta-se o facto de ser a Cidade Europeia do Vinho, cujo mote será ‘All Around Wine, All Around Douro’, reforçando a notoriedade no contexto internacional e contribuindo para captar ainda mais e “melhores” turistas, sublinhou Luís Pedro Martins.