Alojamento com proveitos acima de 2019 no primeiro semestre
Os proveitos do alojamento turístico no primeiro semestre deste ano ultrapassaram em 4,8% os registados no mesmo período de 2019, com o RevPar do mês de junho a atingir 70,6€ e a ficar 13,6% acima do último mês de junho antes da pandemia, informou o INE.
Dados divulgados esta terça feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que No acumulado dos primeiros seis meses do ano, os proveitos totais ficaram 4,8% acima do registado no período homólogo de 2019, com os proveitos de aposento a registarem um acréscimo de 5,8%.
Contabilizando o segundo trimestre do ano, a comparação é ainda mais favorável a 2022, já que neste trimestre, os proveitos totais aumentaram 14,9% face ao mesmo período de 2019, enquanto os relativos a aposento ficaram 15,2% acima.
No que se refere ao mês de junho, os proveitos totais dos estabelecimentos de alojamento turístico ascenderam a 545,4 milhões de euros, enquanto os proveitos de aposento atingiram 416,4 milhões de euros. Face aos resultados do mesmo mês de 2019, considerado o melhor ano turístico de sempre, aqueles números refletem aumentos de 17,0% e 17,4%, respetivamente.
RevPar subiu em todas as tipologias
Também em junho, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 70,6€ (+13,6% do que no mesmo mês de 2019) Segundo indica o INE, os valores de RevPAR mais elevados foram registados na Área Metropolitana de Lisboa com 102,3€ e no Algarve, com 83,2€. No pólo oposto, situou-se a região Centro com 28,7€.
O INE sublinha mesmo que “este indicador aumentou 168,9% desde o início do ano, com crescimentos de 176,5% na hotelaria, 176,4% no alojamento local e 45,0% no turismo no espaço rural e de habitação”.
Já o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu em junho os 111,8€, tendo aumentado 14,6% comparativamente a igual mês de 2019. Uma vez mais, foi na Área Metropolitana de Lisboa que se registou o ADR mais elevado, com 132,8€, seguindo-se o Algarve com 124,3€. O ADR mais baixo foi registado na região Centro, com 70,3€.
Por regiões, o INE indica que o Algarve concentrou 31,5% dos proveitos totais e 30,8% dos relativos a aposento em junho, seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (29,7% e 31,2%, respetivamente) e o Norte (14,7% e 14,9%, pela mesma ordem).
Por tipologia de alojamento, a hotelaria viu os seus proveitos totais aumentarem 3,3%, enquanto os de aposento superaram 2019 em 4,5%. Nos estabelecimentos de alojamento local registaram-se subidas de 3,9% e 4,5% face a 2019, e no turismo no espaço rural e de habitação os aumentos atingiram 62,4% e 56,2%, respetivamente.
Dormidas de estrangeiros abaixo de 2019
No primeiro semestre deste ano, a globalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram 12,0 milhões de hóspedes e 30,9 milhões de dormidas (-6,5% face ao mesmo período de 2019), com os residentes a gerarem 10,5 milhões de dormidas (+3,8% face a 2019) e os não residentes 20,4 milhões (-11,1%).
No mês de junho foram registados 2,7 milhões de hóspedes e 7,2 milhões de dormidas, refletindo quebras de 2,6% no número de hóspedes e apenas -0,4% nas dormidas, comparativamente com o sexto mês de 2019.